Com Billie Jean, Michael Jackson inventou o conceito de videoclipe e, com isso, abriu novas perspectivas artísticas, mas também uma nova tábua de salvação econômica para a música, que passava por uma fase ruim no que diz respeito às vendas de discos. Além disso, Billie Jean marcou a emancipação total e comprometida do cantor, com uma visão do futuro e sem os irmãos.
Em 2014, Steve Barron relembrou a filmagem do clipe de Billie Jean em seu livro Egg n Chips & Billie Jean: A Trip Through the Eighties. O cineasta tinha acabado de concluir o vídeo Don’t You Want Me para o grupo Human League quando foi contatado diretamente por Michael Jackson, que gostou da atmosfera do vídeo e da qualidade cinematográfica. Seus requisitos eram bastante simples: um curta-metragem que contasse uma história, não apenas um vídeo. O orçamento alocado pela CBS para fazer este vídeo foi de US $50.000, o maior com o qual Steve Barron já havia trabalhado na época.
Ele sugeriu a Michael Jackson a ideia de que ele movimentaria um set, com a capacidade de iluminar tudo que tocasse… Meses depois, a MTV transmitiu o vídeo. Era algo completamente novo e mudaria uma era:
Billie Jean não é apenas um dos maiores hits do pop mundial, é um marco que quebrou barreiras raciais, abrindo as portas para que clipes de artistas negros passassem na MTV, canal até então dominado por artistas brancos.