Era o início dos anos 90, e dois dos maiores ícones do mundo estavam prestes a dividir o mesmo palco. Michael Jackson, o Rei do Pop, e Michael Jordan, a lenda do basquete, juntos em um set de gravação.
O diretor David Kellogg, que estava à frente do curta-metragem Jam, foi testemunha de um dos encontros mais memoráveis da cultura pop. Em suas palavras, “Michael Jackson e Michael Jordan foram pessoas muito boas e fáceis de trabalhar. Eles realmente gostavam um do outro, e você podia ver isso”.
O resultado foi uma obra divertida, descontraída, e ao mesmo tempo, uma celebração do talento inigualável de ambos.
Durante as gravações, o contraste entre os dois gênios se tornava quase cômico, mas fascinante. Michael Jordan, sempre o atleta disciplinado e focado, foi pego de surpresa pela natureza infantil e brincalhona de Michael Jackson.
“Ele trouxe balões de água, armas de água e até carrinhos com controle remoto para o set”, recorda Kellogg. Não era apenas uma sessão de gravação; era uma reunião de amigos que, apesar das diferenças, se respeitavam profundamente. Enquanto Jordan dominava o mundo com sua precisão nas quadras, Jackson mostrava que, no reino da criatividade, a liberdade para brincar era uma parte essencial do processo.
Porém, o set também revelou uma realidade engraçada: Michael Jackson, embora fosse um mestre no controle do corpo na dança, não era nem de perto tão habilidoso com uma bola de basquete.
Da mesma forma, Michael Jordan, que parecia sobre-humano em suas jogadas, não conseguia seguir os passos de dança complexos de Jackson. “Foi divertido vê-los. Michael Jackson era apenas um jogador ruim de basquete, e Michael Jordan simplesmente não conseguia alcançar Michael Jackson na dança”, observou Kellogg. O que poderia ser motivo de desconforto para alguns, tornou-se uma piada interna entre os dois, e isso tornou a atmosfera ainda mais leve.
Mais do que apenas talento, ambos compartilhavam algo em comum: a capacidade de transformar seus corpos em ferramentas perfeitas para expressar suas paixões.
Jordan controlava cada músculo para enterrar bolas impossíveis no aro. Jackson, por sua vez, parecia desafiador às leis da física com suas coreografias. A grandeza de Jackson e Jordan não estava apenas no que eles faziam, mas na maneira como usavam suas habilidades para inspirar.
O curta Jam se tornou um símbolo desse encontro inesperado, onde dois gigantes se reconheceram e, acima de tudo, se divertiram. Era mais do que apenas uma colaboração. Era a junção de dois universos, dois estilos, duas mentes que, mesmo diferentes, se completavam de alguma forma.