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20 de novembro de 2003, Michael Jackson se apresenta à Polícia de Santa Bárbara com o advogado Mark Geragos

Nossa Causa

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Andréa Luisa Bucchile Faggion

Por Andréa Luisa Bucchile Faggion;
Originalmente publicado na coluna “Amém”, Edcyhis (Novembro de 2003);
Republicação adaptada pela MJ Beats.


Era para ser a grande história do sonho americano:
O menino negro e pobre que chegou ao topo do mundo… mas que acabou transformado em uma tragédia do pesadelo americano.

Hoje sabemos que Michael Jackson, o gênio da arte popular, por incrível que pareça, não nasceu apenas para vender álbuns e fazer shows.

Ele nasceu para algo maior.

Nasceu para ser o mártir do nosso tempo.


O dia 18 de novembro de 2003 foi apenas o ápice de tudo o que Michael vem nos ensinando há anos.

Por um lado, Michael existe para nos mostrar o quanto julgamos mal aquilo que não compreendemos.

Como dizia o poeta:
Narciso acha feio o que não é espelho.

Por outro lado, Michael existe para levar ao extremo a marca mais triste da nossa sociedade:

Transformamos a vida em um grande espetáculo vazio para a mídia, onde nem a verdade nem os sentimentos dos envolvidos parecem importar.

Consumimos as tragédias da vida alheia com a mesma indiferença com que comemos pipoca diante de um filme de sessão da tarde.


Recentemente, vimos isso se repetir com Michael.

Assistimos ao vivo suas “aventuras” com a polícia, como se fosse um mero programa de entretenimento.

Nos sentimos no direito de vigiar e julgar a vida alheia.

Eis os pilares da nossa sociedade: vigiar e julgar.


Em meio a tanta insensatez, encontrei um raro exemplo de bom senso em um fórum de automobilismo — que, mesmo sem relação com o caso, foi tomado por discussões sobre Michael.

Alguém escreveu:

“Que me importam os supostos problemas sexuais de Michael Jackson? Em que isso afeta minha vida? Isso diz respeito apenas a ele, à justiça local e à comunidade que há em torno dele — não a mim.”

Nada mais simples. Nada mais verdadeiro.

Infelizmente, nada mais distante do que temos presenciado.


O caso, em si, deveria interessar apenas a Michael Jackson e às pessoas que o amam.

Mas a reflexão sobre a repercussão do caso é, sim, de interesse geral.

Ela mostra o quanto nos tornamos abutres, ansiosos por consumir a carniça alheia.

Não passa uma semana sem que uma nova tragédia da vida privada não apareça para nos alimentar.

O Príncipe de Gales, vítima da vez anterior, que o diga.

Mas até quando?

Até quando vamos permitir que vidas sejam controladas e vendidas?


Nós, fãs de Michael, somos aqueles que se levantam e dizem: Basta!

Não foi por acaso — nem apenas por causa da internet — que a comunidade mundial de fãs surgiu depois de 1993.

Foi porque compreendemos o que 1993 significou, não só para Michael Jackson, mas para o mundo.


Em 1993, tentaram nos dizer:

  • que não existe mais pureza e inocência;
  • que a diferença é perversão;
  • que a vida humana pode ser vendida e desrespeitada.

Nós — aqueles que fundamos sites e fóruns ao redor do mundo desde então, aqueles que fomos às ruas quando foi preciso — fizemos isso para dizer:

NÃO!


Hoje, acordamos com um sentimento claro:
Somos muito mais que um fã-clube preocupado com as vendas do novo CD do ídolo.

Nós temos, no cidadão chamado Michael Jackson, uma causa.

A violência da sociedade contra ele nos atinge profundamente — porque atinge, antes de tudo, nossos princípios.

Neverland não é uma casa qualquer.

É o templo de nossa filosofia de vida — que foi profanado.

Nosso líder foi, mais uma vez, humilhado e perseguido.


E nós?

Nós não vamos lutar apenas por um pedaço de terra, nem apenas por uma pessoa.

Nós vamos lutar, mais uma vez, pelo que essa terra e essa pessoa significam:

LIBERDADE, AMOR e VERDADE!


[*] Este texto foi adaptado para refletir os valores e diretrizes atuais, com o objetivo de preservar sua relevância e respeito ao público contemporâneo.

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