Lutas, conquistas, perdas e vitórias na carreira do maior artista de todos os tempos

1963 — Aos cinco anos, faz sua primeira apresentação em público, cantando Climb Every Mountain (do filme A Noviça Rebelde), na escola onde estudava.

1969 — Primeira performance na TV, como vocalista dos Jackson 5, no The Hollywood Place, que marcou o início da carreira profissional. Com apenas 11 anos de idade, Michael já tinha quatro hits em 1º lugar. Registre-se que o menino prodígio de Gary já compunha suas próprias músicas desde os sete anos.

1971 — Inicia carreira solo, ainda atuando como membro do grupo Jackson 5, com o álbum Got To Be There, e colocando pelo menos quatro músicas nas paradas americanas e europeias: I Want You Back, ABC, I’ll Be There, The Love You Save.

1972 — lançamento do álbum Ben. Michael completa 14 anos e chega ao 1º lugar com a música

1973 — Lançamento do álbum Music and Me.

1974 — O single Dancing Machine é lançado pela Motown Records. O segundo compacto do álbum Get It Together alcançou a posição #2 nas paradas de música Pop da Billboard e #1 nas paradas de R&B. Com a música Michael Jackson popularizou a ‘dança do robô’, inventada por Charles Washington nos anos 60. Em setembro, Michael visita pela primeira vez o Brasil, com o Grupo Jackson Five, em turnê pela América Latina. Apresentou-se em São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

1975 — Michael e os irmãos deixam a gravadora Motown e assinam contrato com a EPIC, buscando mais liberdade para produzir suas canções e o nome do grupo foi alterado para The Jacksons. Além de vocalista, Michael era, também, principal compositor do Grupo, escrevendo sucessos como Shake Your Body, The Place Hotel, Can You Feel It. Nesse ano Michael lança seu solo Forever Michael, um sucesso mundial.

1978 — Michael estréia no cinema, interpretando o espantalho no filme The Wiz, com Diana Ross, produzido por Quincy Jones, com quem trabalhou por vários anos.

1979 — Lançamento do álbum Off The Wall, produzido por Quincy Jones, já com o selo EPIC, também para a carreira solo. Sucesso de público e crítica, o álbum deu a Michael o seu primeiro Grammy, com o compacto “Don’t Stop Til You Get Enough”. Pela primeira vez, um artista coloca quatro canções de um mesmo álbum entre as dez mais tocadas no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Neste mesmo ano, durante um dos ensaios, Michael cai e fratura o nariz, acidente que o obrigou a se submeter a uma cirurgia de rinoplastia, não muito bem sucedida. Ele ficou com dificuldades para respirar. Teve que se submeter a uma segunda intervenção de correção, desta feita com o cirurgião plástico Dr. Steven Hoefflin.

1980 — Off The Wall atinge a marca de álbum de black music mais vendido da história, com 35 milhões de cópias. Michael aceita convite do cineasta Steven Spielberg para narrar a história do filme “E.T., O Extraterrestre” (1982), em um disco que também incluiria a canção inédita Someone In The Dark.

O disco narrado por Jackson seria distribuído pela MCA Records no mesmo mês em que estava agendado o lançamento do lendário “Thriller”, pela CBS Records. Trabalhando nos dois projetos simultaneamente, Michael causa tremendo mal estar com a Sony que, através de ação judicial, consegue cancelar o projeto de Spielberg e Michael.

1981 — Lançamento de “One Day in Your Life”.

1982 — Michael lança Thriller, que se torna o álbum mais vendido da história, hoje com cerca de 100 milhões de cópias. Thriller não só revolucionou a música, como também a dança, a moda e a TV.

1983 — Em 21 de fevereiro, Thriller chega à primeira posição entre os mais vendidos dos Estados Unidos e permaneceu aí por 37 semanas. Foram 82 semanas entre os mais vendidos nos Estados Unidos e 11 semanas entre os mais vendidos no mundo. Dos sete compactos lançados, dois conquistaram o primeiro lugar: Billie Jean e Beat It.

Thriller marca ainda uma grande vitória contra a discriminação racial na indústria fonográfica. Michael torna-se o primeiro artista negro a ter seus videoclipes apresentados na MTV: “Billie Jean”, dirigido por Steve Baron.

Outra joia, “Beat It”, faz com que rádios de rock, direcionadas a um público essencialmente branco, toquem a canção de um negro; por outro lado, faz com que as rádios de black music toquem rock.

É Michael abrindo caminho para a inclusão racial nos Estados Unidos e no mundo.

16 de maio é um marco histórico na carreira de Michael. A apresentação fazia parte da divulgação de Thriller e comemorativa aos 25 anos da gravadora Motown, de Barry Gordy, seu grande amigo e ex-patrão. O palco: Los Angeles. De suas casas, 50 milhões de norte-americanos acompanham o que 3 mil celebridades puderam ver ao vivo.

Michael apresenta-se com os irmãos e, depois, permanece sozinho no palco. Começa a cantar “Billie Jean”, mas pára de repente… anda até o canto esquerdo do palco e volta, deslizando de costas. Estava imortalizado o “moonwalk”, deixando extasiada a platéia.

Segundo a revista americana Rolling Stone, magia somente comparada ao “andar de vagabundo” de Chaplin, ao “dançando na chuva” de Gene Kelly e aos passos de Fred Astaire no filme “Núpcias Reais”.

Naquela mesma noite, tanto Fred Astaire quanto Gene Kelly vão até Michael para parabenizá-lo por tão brilhante performance, que iria lhe conferir o status de celebridade mundial.

No final do ano, Michael grava o segundo dueto com o ex-Beatle Paul McCartney. “Say, say, say” vai ao topo das paradas quase de imediato.

1984 — O fatídico 27 de janeiro traz a Michael o triste episódio com fogos de artifício, na gravação de um comercial para a marca PEPSI, contrato que lhe rendeu 5 milhões de dólares. Jackson tem queimaduras de segundo grau no couro cabeludo, pelo quê tem de se submeter a uma internação hospitalar e posterior cirurgia de reconstituição do couro cabeludo.

Aos 26 anos (14/05/1984), já um proeminente ativista humanitário, Michael é recebido na Casa Branca, em Washington, e condecorado pelo então Presidente dos Estados Unidos, Ronald Regan e a Primeira-dama Nancy Regan, com o Prêmio Presidencial de Segurança Pública de Comunicação pelo apoio a instituições de caridade engajadas no combate ao abuso de álcool e drogas entre os jovens. Reconhecido também por permitir que a canção “Beat It” fosse usada em campanha nacional de utilidade pública contra o álcool no trânsito.

Em março, é lançado o videoclipe Thriller, dirigido por John Landis, que vende 14 milhões de unidades e marca mais um recorde mundial na vida de Michael, conferindo-lhe 94 prêmios. Thriller entra para o Guiness World Records, como o melhor videoclipe de todos os tempos e Michael ganha sua estrela na Calçada da Fama, em Hollywood.

Na cerimônia do Grammy Awards, estabelece um novo recorde mundial, conquistando oito prêmios. Em julho, o agora super-astro anuncia que todo o lucro de sua turnê mundial “Victory Tour”, com 55 concertos nos Estados Unidos e no Canadá, seria doado a obras de caridade. E esse foi o destino de 75 milhões de dólares. A turnê quebra o recorde de maior público, suplantando Elvis Presley.

1985 — Michael, Lionel Ritchie e Quincy Jones unem-se em missão humanitária contra a fome na África, imortalizada com a campanha “USA FOR ÁFRICA”. Jackson e Ritchie escrevem “We Are The world”, uma das canções mais lindas que já se ouviu até hoje, com a participação de 44 celebridades da música, arrecadando 200 milhões de dólares. We Are The World dá quatro prêmios Grammy a Michael, dois deles co-partidos com Lionel Ritchie e Quincy Jones.


Nesse ano, o faro empresarial de Michael começa a se consolidar. Ele compra os direitos autorais do catálogo Northen Song, que contém as canções dos Beatles e de Elvis Presley, entre outros.

1986 — Michael estrela o curta-metragem em 3D, “Captain EO”, produzido por George Lucas e Francis Ford Coppola, para ser exibido na Disney World, o que acontece por 12 anos, até 1998. A canção “Another Part Of Me”, que integraria o novo álbum de Michael, é parte da trilha sonora do filme.

Em 2010, Captain EO volta a fazer parte da programação da Disney americana e européia.

1987 — Lançamento do álbum “BAD”, que a mídia classifica como decepcionante, em comparação com “Thriller” e “Off The Wall”. Mas o público reage contrariamente à crítica e faz de BAD um grande sucesso: 45 milhões de cópias, recorde de nove canções lançadas em compacto, cinco delas chegando ao primeiro lugar nos Estados Unidos: I Just Can’t Stop Loving You, Bad, The Way You Make me Feel, Man In The Mirror e Dirty Diana.

É a primeira e única vez que um artista coloca cinco canções de um mesmo álbum na primeira posição.

Man In The Mirror marca o início da linha humanista que Michael iria levar pelo resto de sua carreira.

Apesar de indicado ao Grammy, BAD não recebe prêmio algum, apesar da lendária performance de Michael em The Way You Make me Feel e Man In The Mirror. Profundamente decepcionado, Jackson desabafa: “eles julgaram minha aparência e não minha música”.

A Bad World Tour inicia-se em setembro e é a primeira turnê mundial de Michael como artista solo, apresentando-se em 15 países de 4 continentes e sendo assistido por 4,5 milhões de pessoas. Mais um recorde, quebrado mais tarde por ele mesmo. Foram 23 concertos.

Sete concertos com lotação esgotada no Wembley Stadium, em Londres, um público de 504 mil pessoas, inscrevem Michael no Guiness World, superando as marcas dos Beatles e dos Rolling Stones.

1988 — Michael lança sua autobiografia, “Moonwalk”, e o filme “Moonwalker”, sob a direção de Jerry Kramer. O longa-metragem incorporava os videoclipes “Smooth Criminal” e “Leave me Alone”, e deu origem a um jogo de videogame para fliperama com o selo japonês Sega Mega Drive e Sega Master System.

1989 — O videoclipe “Leave me Alone” confere a Michael mais um Grammy Awards.

1990 — Michael e Sony Music celebram o maior contrato da história da música, até então. Por 1.089 milhões de dólares, segundo a Revista Forbes, a Sony assegura a permanência do mega-star na gravadora por 15 anos. Em contrapartida, Jackson lançaria seis álbuns, recebendo uma antecipação de 40 milhões de dólares por cada um deles. Novamente, Michael vai parar no Guiness Book como o artista mais bem pago da história da música.

“King Of Pop”… assim Elizabeth Taylor o nomina em seu discurso em homenagem a Michael, no American Music Awards. O público delira e, a partir de então, tanto os fãs quanto a imprensa passam a se referir a ele como tal.

1991 — Lançamento do álbum “Dangerous”, com 14 canções inéditas, doze delas com a assinatura de Michael como compositor. São produzidos nove compactos, com três chegando à primeira posição: Black or White, Remember The Time e In The Closet.

“Dangerous” permanece mais de dois anos entre os mais vendidos, atingindo a marca de 34 milhões de cópias. O videoclipe “Black or White”, que tem a direção de John Landis e a participação de Macaulay Cukin, é transmitido simultaneamente para 27 países, para uma audiência na casa de 500 milhões de pessoas. Mais um recorde para Michael. Logo a mídia esmera-se em críticas, classificando o curta como violento, por conta das cenas em que Jackson promove um quebra-quebra de carros, vidraças e símbolos, transformando-se em uma pantera.

1992 — Filantropo assumido e militante, Michael cria a “Heal The World Foundation”, que assiste milhões de crianças em todo o mundo, assoladas por guerras, doenças e pela fome. Em junho, inicia sua quarta turnê mundial. Dangerous World Tour quebra o recorde de público, mobilizando 3,5 milhões de pessoas em 69 concertos. Todo o lucro auferido é para a Heal The World Foundation. Michael visita vários países, como o Iraque e o Egito. “Welcome Home, Michael” (Bem vindo à Pátria, Michael) é o slogan com que 100 mil pessoas o recepcionam no Gabão (Àfrica).

Na aldeia Krindjabo — Costa do Marfim, é coroado “Rei Sani”, pela tribo Agni. O chefe tribal, Amon N’Djafolk, coloca-lhe uma coroa de ouro, em um ritual sagrado, sob uma árvore que simboliza a essência do poder. Jackson junta-se aos idosos da corte do Rei, assina papéis oficiais e senta-se em um trono de ouro. Dançarinas vestidas de branco realizam um deslumbrante ritual. Essas mulheres idosas são as guardiãs da aldeia e a cerimônia abençoa a coroação do Rei Sani, pedindo a Deus proteção para sua vida.

Outra marca mundial é o arsenal de equipamentos da Dangerous Tour: Dois jumbos 747, 60 carretas e 20 caminhões transportam duas toneladas e meia de equipamentos, entre eles, dois telões de cristal líquido, mil luzes e mais de 10 mil cabos elétricos. 168 homens trabalham para colocar em funcionamento um palco que leva três dias para ser montado.

A HBO é encarregada da transmissão da turnê de maior audiência da história da televisão.

1993 — Em 31 de janeiro, Michael apresenta-se no XXVII Super Bowl (campeonato de futebol americano), transmitido pela rede norte-americana de TV, NBC, para 133,4 milhões de pessoas, uma performance impressionante que se torna o evento de maior audiência da histórica da América.

Duas semanas após, Michael concede entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, depois de dez anos sem falar com a imprensa. Cem milhões de expectadores fazem do evento um dos mais assistidos da história, com recorde de maior audiência para uma entrevista.

Morre Ryan White, vítima de HIV, que se apegara a Michael e convivera com ele em seus últimos meses de vida. Profundamente tocado, Jackson compõe e lança o single “Gone Too Soon”, chamando a atenção do mundo sobre o fantasma da AIDS, quando ainda havia grande preconceito sobre a doença.

Michael recebe o prêmio “Grammy Legend Award”, por ser considerado uma lenda viva e por sua contribuição ao mundo da música. O show da Dangerous Tour, em Bucareste, na Romênia, é transmitido ao vivo pela rede HBO, marcando o maior índice de audiência já conquistado na história da TV a cabo, o que confere a Michael o “Cable Ace Awards”.

Em outubro, volta ao Brasil com o espetáculo Dangerous e se apresenta duas vezes em São Paulo. Quando Michael sai para visitar uma fábrica de brinquedos na capital paulista, o fraco esquema de segurança permite que uma multidão invada o local e duas crianças acabam atropeladas, uma delas com fatura exposta.

Michael retorna ao hotel sem sequer ter entrado na fábrica e só sai de lá para visitar o menino acidentado no hospital e para fazer os concertos. Na cidade do México,

Michael apresenta 5 concertos para meio milhão de pessoas e entra novamente para o Guiness, quebrando um recorde que já era seu, com a “Bad Tour”, em Londres (1987).

Em novembro, infelizmente, Michael se vê obrigado a interromper o sucesso da Dangerous Tour, quando sofre a acusação injusta de ter abusado sexualmente do menor Jordan Chandler. Emocionalmente abalado pela calúnia impetrada por quem sempre ele procurara ajudar, Michael adoece e se retira dos palcos.

Em dezembro, pronuncia-se pela primeira vez a respeito das acusações de abuso sexual, em comunicado transmitido simultaneamente pelas redes de TV CNN, CBS, NBC e ABC. Em sua defesa e emocionado, ele afirma “sou incapaz de ferir uma criança”.

1994 — Em maio, Michael casa-se com Lisa Marie Presley, herdeira única de Elvis Presley, após um rápido romance de seis meses. O matrimônio dura dois anos.

1995 — Lançamento do álbum duplo HIStory: Past, Present and Future. O primeiro disco compõe-se de 15 sucessos remasterizados, o segundo uma coleção de inéditas. São produzidos cinco compactos. O projeto envolve 30 milhões de dólares em publicidade, a maior campanha de marketing já vista para a promoção de um álbum, pois Jackson está ressurgindo de uma fase negativa da sua imagem pública. HIStory vendeu cerca de 30 milhões de cópias.

Outro recorde para Jackson vem pela “Billboard” como o Artista Pop Masculino a emplacar mais hits em 1º lugar. A marca é de 13 canções em 1º lugar em sua carreira solo. Além disso, também é o primeiro cantor a lançar uma música que vai direto para o topo da parada americana, com a canção You Are Not Alone.

Lançamento do videoclipe “Scream”, um dueto-duelo musical com a irmã caçula Janet Jackson. Torna-se o segundo vídeo musical mais caro da história, mas mantem o primeiro lugar até o ano de 2007, na conta de aproximadamente 7 milhões de dólares, saídos integralmente dos cofres de Michael.

Michael vende parte de seu catálogo musical, com mais de mil canções, incluindo 251 títulos dos Beatles, à Sony Music, por 90 milhões de dólares, criando a Sony ATV Publishing e ficando com 50% da arrecadação; o que não inclui seus próprios álbuns.

1996 — Michael vem ao Brasil para a gravação do videoclipe “They Don’t Care About Us”, no Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro e em Salvador, acompanhado pelo Grupo Olodum. Para surpresa e deleite geral, ele desce o Pelourinho caminhando entre a multidão e se entrega completamente aos encantos dos baianos e à batida envolvente da banda reggae.

Em setembro, Jackson inicia a HIStory World Tour, na cidade de Praga (República Tcheca).

Viaja 56 cidades, em 35 países, e estabelece um novo recorde mundial de público, que já era seu: HIStory leva aos estádios 4,5 milhões de expectadores; uma média de 53 mil pessoas por show. É a única turnê mundial a percorrer os cinco continentes do planeta. History Tour é um marco histórico na carreira de Michael porque ele se apresenta pela primeira vez na África, de encontro às suas raízes.

A passagem pela Alemanha firma mais um recorde, levando aos palcos de Berlim, Munique, Cologne, Leipzig, Kiel, Gelsenkirchen e Hockenheim quase um milhão de pessoas, derrubando a marca da banda inglesa Rolling Stones.

Em novembro, casa-se com a enfermeira Deborah Jean Rowe, sua amiga há 17 anos e que já estava grávida do primeiro filho de Michael.

1997 — Em 13 de fevereiro, nasce Michael Joseph Jackson Jr, apelidado “Prince”. Michael lança “Blood in The Dance Floor”, com oito canções de HIStory remixadas, que se transforma no álbum remix mais vendido da história: são 14 milhões de cópias.

Um videoclipe é produzido para divulgação, onde Michael faz uma performance brilhante. Lançamento do curta-metragem “Ghosts”, de 37 minutos, estrelado por Jackson, nos cinemas da América do Norte e da Europa.

O filme, que tem o roteiro de Stephen King e é dirigido por Stan Winston, é “concebido como uma releitura do clássico Thriller”, de 1984. Guiness de Videoclipe de Maior Duração de Todos os Tempos. Em maio, o Grupo Jackson 5 é incluído no Hall da Fama do Rock and Roll.

1998 — Em 3 de abril nasce o segundo herdeiro de Michael, uma menina, Paris Michael Katherine Jackson, filha de seu casamento com Deborah Rowe. Ele afasta-se dos palcos para ser pai em tempo integral.

1999 — Realiza vários concertos beneficentes como parte do projeto “Michael Jackosn & Friends”, no que conta com a participação dos amigos Slash (guitarrista), The Scorpions, Boyz II Men, Mariah Carey, Luciano Pavarotti, Andrea Bocelli, entre outros.

2000 — Foi o ano do reconhecimento, pelo mundo, do grande artista e do grande filantropo. Michael entra para o Guiness World Record como o artista que mais ajudou pessoas no mundo, sendo o mantenedor de 39 organizações humanitárias. Durante o XI World Music Awards, em Mônaco, Michael recebe o prêmio de “Artista do Milênio”, em cerimônia transmitida para 160 países e com audiência de quase um bilhão de pessoas. Na época, Jackson detinha a marca de mais de 200 milhões de álbuns vendidos, em 29 anos de carreira.

Uma lenda. Em contrapartida, cansado do reinado tirânico de Tommy Mottola no comando da gigantesca Sony Music, Michael tenta retirar a licença de seu catálogo para trabalhá-lo de forma independente. Porém, há uma cláusula no contrato que o impede e, para evitar uma briga judicial, as partes fecham um acordo para que ele possa deixar a gravadora após o lançamento de “Invincible”, acrescido de um pacote de coletâneas de seus maiores sucessos.

Está instaurada a briga com Tommy Mottola que, nos bastidores, não engole o acordo que o faria perder a sua galinha dos ovos de ouro, e começa uma campanha acirrada para boicotar a carreira do mega-star.

2001 — Michael é incluído pela segunda vez no Hall da Fama do Rock and Roll, desta feita, como artista solo. Em setembro, promove dois concertos, com lotação esgotada, no Madison Square Garden, em comemoração aos 30 anos de carreira solo. Pela primeira vez em 20 anos, o Grupo The Jacksons se reúne no palco e dá um espetáculo com um medley de antigos sucessos. A festa reúne dezenas de célebres amigos de Jackson, entre eles, Whitney Houston, Britney Spears, Liza Minelli, Nick e Aaron Carter, Usher, Gloria Stefan, Elizabeth Taylor, Macaulay Culkin, Marlon Brando, Ray Charles, Chris Tucker, Nelly Furtado, Will Smith, Quincy Jones, Naomi Campbell, etc.

São lançadas edições especiais dos álbuns Off The Wall, Thriller, Bad e Dangerous remasterizadas e com inserções de algumas inéditas. Em outubro, Michael lança o álbum “Invincible”, produzido por Rodney Jerkins e Teddy Riley, com a participação do guitarrista Carlos Santana.

O álbum detém o recorde de mais caro de todos os tempos: 30 milhões de dólares, porque Jackson teve que investir em publicidade. Antes, porém, a faixa “You Rock My World” vaza ilegalmente para as rádios antes de “Unbreakable”, que seria a música de trabalho do álbum, o que deixa Michael furioso.

Somando-se a isso, a Sony boicota sumariamente o álbum “Invincible”, negando-se a fazer a divulgação e retirando o álbum das lojas três meses após o lançamento.

Mas Michael é Michael e, mesmo com tudo contra, o álbum chega à marca de 11 milhões de cópias em todo mundo. E a imprensa perversa não perde tempo em espalhar que o álbum foi um fracasso de vendas, que a carreira de Michael está em franca decadência… Imaginem! Onze milhões de cópias em três meses!

Após os atentados terroristas de 11 de setembro aos Estados Unidos, Jackson compõe e grava em estúdio “What More Can I Give”, single beneficente, visando angariar fundos para as vítimas da catástrofe. Reúne 35 cantores (Shakira, Celine Dion, Ricky Martin, Luther Vandross, Justin Timberlake, Carlos Santana, Beyoncé, Laura Pausini, Mariah Carey e outros), mas a Sony (diga-se Tommy Mottola) recusa-se a lançar o compacto.

Novo boicote a Jackson, não se importando com os benefícios que seriam negados às vítimas da catástrofe. Jackson e seus convidados promovem o concerto beneficente “United We Stand: What More Can I Give”, no palco do RFK Stadium, em Washington.

2002 — Em 10 de janeiro, Michael sobe ao palco do “29º American Music Awards” para receber o prêmio de “Artista do Século”. Em seu pronunciamento, agradece aos pais, aos fãs, e uma lista de outras pessoas que participam da sua vida, inclusive o ator Marlon Brando, a quem se refere como “meu outro pai”.

Nasce o terceiro filho de Jackson, Prince Michael Joseph Jackson II, apelidado Blanket, fruto de uma inseminação artificial, cujo nome da mãe não é revelado.

Em 23 de fevereiro, Michael recebe três prêmios no 33º NAACP Image Awards, realizado no Universal Amphitheatre, em Universal City — Califórnia.

O concerto “30th Aniversary Celebration” lhe confere os títulos de: Melhor Especial de Variedades, Melhor Performance em um Especial de Variedades. Melhor Videoclipe do ano é o prêmio de “You Rock My World”.

Em 21 de abril, Michael performa “Dangerous”, duas vezes, no “American Bandstand 50th Anniversary”, em Passadena, Califórnia, show que foi ao ar na Rede ABC, em 5 de maio. Após a apresentação, como sempre faz, agradece o apoio dos fãs.

Em 24 de abril, Jackson dá uma rara performance no “US Vote”, campanha que persuade os americanos a se registrarem para o voto. Aclamado de pé, no majestoso Teatro Apollo, em Nova York, Michael brinda o público com “Dangerous”, “Black or White” e “Heal the World”. Estão presentes o ex-presidente Bill Clinton e os cantores Tony Bennett e KD Lang.

O show arrecada 3 milhões de dólares para o Comitê Democrata Nacional para custeio da campanha. Em 3 de julho, estréia a película “MIB — Men In Black II” e Jackson surpreende o mundo do cinema com uma aparição especial, no papel do “Agent M”. O público ama a performance de Michael e, pasmem, a crítica também.

No dia 6, Michael comparece a um evento de fãs, uma celebração onde ele recebe o prêmio “30th Anniversary Fan”. Três dias depois, o revolucionário Jackson se junta a um grupo de músicos, produtores e executivos em um protesto exigindo melhor tratamento, por parte das grandes gravadoras, aos artistas negros.

Em seu aniversário, 29 de agosto, Michael é homenageado na MTV Vídeo Music Awards, como o “Artista do Milênio”, prêmio que lhe foi entregue pela amiga Britney Spears.

2003 — A Sony lança a coletânea “Number Ones”, que atinge a marca de 6 milhões de cópias em todo mundo. Esse ano marca a maior injustiça já sofrida por Michael: a traição de Martin Bashir e da família Arvizo. No documentário “Living with Michael Jackson”, que retrata a vida pessoal do mega-star, o jornalista britânico Martin Bashir insinua que Michael seria um pedófilo e a família Arvizo, que antes defendera Michael peremptoriamente, de repente, passa a acusá-lo.

É o início do inferno astral que Jackson enfrentaria nos anos seguintes. Na Celebrity Party dos seus 45 anos, Michael encontra os fãs, agradece o apoio incondicional e anuncia que está trabalhando com uma equipe nova e que o público poderia esperar por grandes surpresas, inclusive a possibilidade de que os fãs também possam visitar Neverland, a exemplo das crianças. Michael os quer mais próximos dele.

2004 — Lançamento da coletânea “The Ultimate Collection”, um box com quatro CDs e um DVD.

2005 — Após um doloroso processo judicial e um julgamento que durara cinco meses, Michael é inocentado de todas as acusações que lhe pesavam, por absoluta falta de provas e inconsistências da acusação e das testemunhas. Debilitado e cansado, Jackson muda-se com os filhos e a babá Grace Rwaramba para o Bahrain, hospedado pela família real daquele país.

2006 — Em março, lançamento da coletânea “The Essencial Michael Jackson”. Em maio, Michael sai de seu período de reclusão, muda-se para Dublin, na Irlanda e começa a gravar o que seria o 13º álbum solo de sua brilhante carreira, trabalhando no Grouse Lodge Residencial Studios, com o produtor e rapper Will.i.am, membro do grupo “Black Eyed Peas; Akon e T-Pain.

Em redenção e de volta à vida pública, Michael comparece a diversas premiações e homenagens, coberto de aplausos e glórias do seu fiel público, e até, inacreditavelmente, da imprensa. Ainda no mês de maio, durante a premiação da “Video Music Awards Japan’06”, na MTV japonesa, Michael recebe o “Legend Award”, prêmio que raramente é concedido a alguém, por ser ele o artista masculino internacional que mais vende no Japão; uma lenda viva da música. Jackson recebe, também, oito registros no “Guiness World Records” como o “primeiro artista a ganhar mais de 100 milhões de dólares em um ano”, “artista mais bem sucedido no mundo da música”, com uma fortuna estimada em 8 bilhões de dólares; “primeiro artista a vender mais de 100 milhões de álbuns fora dos Estados Unidos”, entre outros; além da chancela de ser uma das pessoas mais conhecidas do planeta.

Em novembro, Michael comparece ao “World Music Awards” para receber o “Diamond Awards”, prêmio concedido a artistas que venderam mais de 100 milhões de discos. Em meio à emocionante ovação dos fãs, Jackson recebe o 9º certificado do “Guiness World Records”, pelo feito de 104 (até àquela época) milhões de cópias vendidas do lendário “Thriller”.

O empresário Michael Joseph Jackson investe esforços em sua nova companhia, a “Michael Jackson Company Inc”, sob cujo selo projeta lançar seu próximo álbum de inéditas.

2007 — Os negócios prosperam e Michael compra o “Famous Music LLC”, da Viacom, em sociedade com a Sony Music, já livre da influência de Tommy Mottola. Essa transação lhe dá o direito sobre as canções de Shakira e Eminem, além de muitos outros. Neste ano começam as negociações para o grande retorno de Michael aos palcos: nasce o projeto “This Is It”.

2008 — Em fevereiro, Michael lança “Thriller 25th”, com o selo Sony-BMG, em comemoração aos 25 anos de lançamento do álbum Thriller. Algumas faixas remixadas contam com a participação de Will.i.am, Akon, Fergie e Kanye West. Uma edição especial traz um CD, com faixas originais e remixes, além da inédita “For All Time”; e um DVD incluindo a inesquecível performance de Billie Jean, nos 25 anos da Motown, em 1983.

O novo álbum lidera em 1º lugar na França, Argentina, Bélgica e no Reino Unido; chega à 2ª posição nos Estados Unidos, inserindo-se ao TOP 10 em mais de 30 países, com certificação “Disco de Ouro” em onze países. Permanece nove semanas em 1º lugar no Pop Catalog e vende 2 milhões de cópias em 12 semanas.

Em comemoração aos 50 anos de idade de Jackson, a SonyBMG lança “King of Pop”, coletânea em que os fãs escolheram as faixas. Ainda em 2008, Michael vende parte do rancho Neverland Valley, residencia que havia deixado desde 2005, para uma empresa da qual ele próprio é um dos sócios.

2009 — O projeto “This Is It” entra na fase de execução. O palco escolhido: Arena2, em Londres. A equipe de músicos, técnicos, bailarinos e equipamentos são contratados. Jackson faz questão de supervisionar tudo de perto, de escolher o pessoal e colocar seu toque exclusivo em cada detalhe, como que recriando e re-esculpindo a própria genialidade. Em março, ele vai para frente das câmeras, após vários anos sem falar com a imprensa, e anuncia a temporada de 10 shows, onde iria cantar as músicas que o público escolhera. Seria sua última turnê. Fato inacreditável é a venda de todos os 750 mil ingressos para os 10 concertos em apenas 5 horas. O público de Michael estaria lá por ele, como sempre… fiéis escudeiros.

Calam-se os pessimistas que juravam que a carreira estava acabada, estava em decadência. Talvez tenha sido o maior cala-boca da história da música. Diante da assombrosa procura por ingressos, são acordados mais 40 shows, perfazendo uma temporada de 50 concertos entre 2009–2010, e que deveria ter início em 13 de julho.

Em 23 de junho, Michael deixa mais uma vez o ginásio do Staples Center, em Los Angeles, após mais um rigoroso e demorado ensaio. Nada poderia denunciar que aquela lenda de asas nos pés, que voava no palco, cheio de vida e disposição, deixaria que uma sem graça parada cardio-respiratória o arrancasse dos braços dos fãs e do regaço da família e dos amigos.

25 de junho é o dia que ninguém gostaria de ter vivido. Seus fãs, se pudessem, o arrancariam do calendário. Michael Jackson deixa a todos boquiabertos, incrédulos e profundamente órfãos. Levado para o Ronald Regan UCLA Medical Center, de Los Angeles, Michael é dado como morto às 14h25 do dia 25 de junho de 2009.

Os portões de Neverland, da mansão em que Jackson residira em Los Angeles e a sua estrela na Calçada da Fama viram um canteiro de flores, velas, fotos e brinquedos.

Um funeral público é realizado em 7 de junho, diante de 17.500 fãs e amigos, no ginásio do Staples Center. Evento televisionado para quase todo o Planeta e com 2.500 milhões de expectadores, embasbacados com a visão de um caixão de ouro coberto de flores vermelhas, sua cor preferida. Uma imagem que nenhum de seus fãs gostaria de ter presenciado.

Esse “anjo de asas nos pés” deixa o cenário artístico inscrito no Guiness World Book como o “Maior artista de todos os tempos” com 750 milhões de cópias vendidas, mantendo-se nos charts musicais desde 1969.

“Ele derrubou uma das últimas barreiras que restavam entre brancos e negros nos Estados Unidos, desde o movimento dos direitos civis nos anos 60. Em vez de música para brancos e música para negros, agora havia sua fusão revolucionária de duas tradições. Jackson elevou formas de dança das ruas à categoria de arte. Assombrou com seu estilo extravagante de se vestir, que definia, afinal, o que é um ícone pop: alguém que vive em um mundo em que as únicas regras a seguir são as próprias regras.” (Revista Veja, n.º 2119)

Será esta a cortina final?

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  1. No que se refere a essa cronologia da vida do Michael foi muito bem feita bem meticulosa para quem conhecia a vida do astro foi um refresco para quem procurava conhecer teve uma ótima referência parabéns a todos vocês responsáveis por essa matéria.

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