Ainda é tempo de (re)redescobrir Michael Jackson através de pérolas escondidas:

Michael Jackson impera atual, influente e onipresente para antigas e novas gerações. No pop, não há quem não se diga fã ou minimamente influenciado pelo Rei do Pop.

Para celebrar o legado, lembramos o que de melhor o Rei do Pop nos legou, a música, cujas qualidades vão milhas além dos seus hits mais conhecidos. Há diversas pérolas deliciosamente escondidas em sua discografia. Ainda é tempo de (re)redescobrir Michael Jackson.

Escute abaixo dez dessas faixas.

When I Come of Age, Anthology, 1986

Sabe quando você é criança e se imagina o que vai ser quando crescer, o que vai fazer quando for grande? E aquela menina que você gosta ou finge namorar, e você comenta com seus pais que vai casar com ela quando crescer? Pois bem, ‘‘When I Come of Age” (literalmente se traduz “quando eu for grande,” “quando eu tiver idade”) é um perfeito exemplo disso, e também um imenso disparate nostálgico.

Michael, até então entre 13 e 15 anos, canta as palavras tão suave e inocentemente que nossos tempos de criança voltam ecoando na memória e até nos força a dar aquele sorrisinho de lado ao recordar de nossos anos de escola, inocentes, despreocupados e ingênuos, da infância.

Just a Little Bit of You, Forever Michael, 1975


Forever, Michael é o quarto álbum de estúdio lançado por Michael Jackson pela Motown como parte de um acordo de rescisão de contrato em 1975. O grupo Jackson 5, formado pelo cantor e quatro irmãos, estava deixando a gravadora e assinaria com a Epic para conquistar o direito de compor e produzir as próprias canções. Devido às circunstâncias do momento, o álbum deixou de ser prensado em uma dezena de países sofreu os efeitos de uma publicidade pouca e deficiente. Desse álbum, “Just a Little Bit of You” foi publicado como single quando Michael Jackson​ tinha 16 anos de idade.

You Can’t Win, The Wiz, 1978

O único solo de Jackson em The Wiz, “You Can’t Win” é um das primeiras joias escondidas dele. Foi escrita por Charlie Smalls, por ordem de Quincy Jones, para o personagem de Jackson, o Espantalho.

O destaque é o ad-libs de Jackson na segunda metade.

Get On The Floor, Off The Wall, 1979

It’s The Falling In Love, Off The Wall, 1979


A última balada do álbum ‘‘Off The Wall’’, “It’s The Falling In Love”, é um dueto de meio-termo com a cantora de jazz, Patti Austin. A música foi escrita por Carole Bayer Sager e originalmente incluída no álbum de 1978 dela, Too. Quincy Jones trouxe David Foster e Tom Bahler para adaptarem e arranjarem a canção para Jackson. O resultado foi uma melódica e iluminada versão pop, que apresenta dois amantes conversando sobre os medos deles em se aproximar.

Sunset Driver, The Ultimate Collection, 2004


Um funk cortado da sessão de Off The Wall, mais tarde lançada na coletânea The Ultimate Collection em 2004

Lovely One, Triumph, 1980


Uma disco-funk de queimar a pista, “Lovely One” deu a Triumph um hit dançante no espírito de “Shake You Body (Down To The Ground)”. A música foi o maior single de Triumph, alcançando o 12º lugar no Billboard Hot 100 e o 2º no Black Singles charts. Excelente prévia da pegada que seria explorada à exaustão em “Off the Wall”.

This Place Hotel, Triumph, 1980


Heartbreak Hotel”, mas renomeada devido aos direitos autorais da famosa música de Elvis Presley, de mesmo nome) foi um divisor de águas para Jackson. Escrita, arranjada e composta inteiramente por Jackson, ela revelou o talento rapidamente expansivo dele como compositor. Em contraste com as músicas mais festivas de Off The Wall, “This Place Hotel” é uma sombria e psicológica música sobre arrependimento, vingança e medo, que anteciparia posteriores clássicos como “Billie Jean” e “Dirty Diana”.

O número abre com um presságio de prelúdio instrumental, antes que um grito pungente liberte o ameaçador funk gótico da música. “O grito foi do tipo que normalmente interrompe um pesadelo”, Jackson mais tarde escreveu, “mas nossa intenção era ter o sonho apenas começando, para fazer o ouvinte se perguntar se era um sonho ou realidade”. Na narrativa da música, a voz dolorosa de Jackson canta sobre “rostos olhando, fitando, encarando-me”. Ele fala de “anseio” de “pecado” e de “esconder a tristeza”.

A música também experimenta novos sons. “Ela é o primeiro exemplo”, observa Nelson George, “do uso cinemático dos efeitos sonoros, temas de filmes de horror e truques vocálicos para transmitir uma sensação de perigo no trabalho dele”. Jackson ficou, justificadamente, orgulhoso da profundidade e alcance dessa música. “[‘This Place Hotel’] era a música mais ambiciosa que eu tinha composto”, ele escreveu na autobiografia de 1988. Muitos críticos e ouvintes anotaram. O single alcançou a 22º posição nos pops charts (e o 2º lugar nos Black Single Charts).

Baby Be Mine, Thriller, 1982


Reminiscente de “Rock With You”, de Off The Wall, esta subestimada (e sempre negligenciada) canção funk-soul é um testemunho da consistente qualidade do álbum mais vendido de todos os tempos, ‘‘Thriller’’.

P.Y.T. (Pretty Young Thing), Thriller, 1982


Michael Jackson originalmente escreveu uma versão mais lenta e melódica de “P. Y. T.” com Greg Phillinganes (essa versão, eventualmente, foi incluída no Michael Jackson: The Ultimate Collection, em 2004). Quincy Jones, porém, sentia que o álbum tinha muitas jams lentas e retrabalhou a faixa de Jackson com James Ingram, para dar a ela mais funk e sabor

Chegou a sair como single de “Thriller”, mas não recebeu a devida atenção. Praticamente “inventou” a sonoridade do Daft Punk misturando groove, guitarras e backing vocals processados no refrão.

Got The Hots, Thriller, 1982


Uma faixa funk no estilo “Thriller”, como grandes harmonias. Escrita por Jackson e Quincy Jones, ela foi tirada da trilha sonora final do álbum ‘‘Thriller’’. Ela lançada como faixa bônus na versão japonesa de Thriller 25, em 2008

The Man, Pipes Of Piece, 1983


Um dueto com Paul McCartney sobre um homem enigmático “que todo mundo pensava que eles conheciam”. Ela foi bloqueada como single pelo selo de Jackson para evitar competições com singles de Thriller.

We Are Here To Change The World, The Ultimate Collection, 2004


Uma funky faixa rítmica gravada por John Barnes, durante as primeiras sessões de Bad, e apresentada na atração cinematográfica 4-D, Captain EO, junto com “Another Part of Me”.

Just Good Friends, Bad, 1987


Em “Just Good Friends” Michael Jackson e Stevie Wonder, divertidamente, graceja sobre uma garota à la “The Girls Is Mine” de Thriller (ela tem até mesmo apresenta a referência “doggone lover”). Porém, “Just Good Friends” vai além de “The Girl Is Mine”, se não por ser um dos destaques do álbum, então, pelo menos, por trazer a energia e vocal de fogos de artifício. Enquanto gravavam a música juntos, as duas lendas acabaram fornecendo um considerável show a um visitante inesperado.

Streerwalker, Bad Special Edition, 2001


Uma faixa marcante, revigorante, apresentando gaita por Jasun Martz, suaves harmonia, e uma linha de baixo ampla, sintetizada, estilo blues. Jackson. Trabalhou na música com Bill Bottrell. Enquanto ela ficou fora de Bad, em favor de “Another Part of Me”, ela parece em casa no álbum e tornou-se, desde então, uma das faixas não presentes em álbuns mais populares do Rei do Pop. Jackson mencionou a música na deposição no tribunal, em 1994, como uma percussora da música “Dangerous”, a qual apresenta uma variação da enérgica linha de baixo da música.

Cheater, The Ultimate Collection, 2004


Uma fantástica faixa, guiada por órgão, sobre infidelidade gravada durante sessões do álbum Bad. Jackson trabalhou na música com o tecladista Greg Phillinganes. Uma demo quase concluída, com o característico estalar de dedos de Jackson e vocal áspero, foi lançada no The Ultimate Collection em 2004.

Someone Put Your Hand Out, The Ultimate Collection, 2004


Originalmente escrita para Bad, Jackson regravou essa bela balada em falsete em 1992. Inicialmente lançada como uma exclusiva promo da Pepsi para a Dangerous Wolrd Tour de Jackson, ela foi, finalmente, liberada para o público no Michael Jackson: The Ultimate Collection, em 2004.

Monkey Business, The Ultimate Collection, 2004


“Monkey Business” não combinava muito com o som de Dangerous. O estilo blues dela, tema soturno, torna-a mais em casa com o álbum Bad e os cortes dele (“Streetwalker”, etc). É uma pena, porque ela é uma faixa impressionante. Acompanhada por um rico piano Wurlitzer, estilo jazz, uma batida nítida e o sax emotivo de Jim Horn tocando, Jackson mergulha fundo nela, narrando uma história de hipocrisia e decepção. Jackson trabalhou na música com Bill Bottrell, inicialmente no Record One, nas primeiras sessões de Dangerous.

On The Line, Get On the Bus Soundtrack, 1996


Escrita e composta por Michael Jackson e Babyface e tencionada para o curta-metragem Get On the Bus, de Spike Lee, ‘’On The Line’’ se tornou uma favorita de fãs. Composta durante sessões do álbum ‘’Dangerous’’ e gravada para o álbum HIStory: Past, Present and Future — Book I, a música diz sobre abrir-se para a vida

Whatever Happens, Invincible, 2001


Eleita por muitos como a melhor música no álbum ‘‘Invincible’’, “Whatever Happens” é um inesquecível dance groove latino, apresentando a lenda da guitarra, Carlos Santana, ela foi intentada para ser o principal single e vídeo musical do álbum, antes que a Sony decidisse cancelar toda a promoção. Ainda assim, os críticos, quase unanimemente, elogiaram a faixa. A Rolling Stone a descreveu como uma “excepcional música”, enquanto a Pop Matters a chamou de “brilhante”. “Ela teria sido uma inspirada escolha para um single”, escreveu o crítico musical Mike Heyliger, “e poderia ter feito um maravilhoso vídeo. Ela tem uma sensação em câmera lenta, cinemática, a voz de Michael é um entalhe superior e Carlos Santana veio a bordo para adicionar um poderoso solo de guitarra. Coisa clássica aqui”.

Butterflies, Invincible, 2001


Para muitos fãs e críticos, a emotiva “Butterflies” é uma das gemas escondidas do fim da carreira de Michael Jackson. Embora a Sony nunca tenha lançado “Butterflies”, oficialmente, como um single, ela, rapidamente, se tornou um hit underground, particularmente em áreas urbanas como New York City.
Devido à resposta entusiástica, muitas pessoas simplesmente não puderam entender por que ela não foi promovida como o novo som de Michael Jackson. “Ela teria abrido as mentes das pessoas”, o crítico musical Steven Ivory disse à NPR.

For All Time, Thriller 25, 2008


Uma linda balada originalmente composta por Steve Porcaro, David Paich e Michael Sherwood para Thriller. Ela foi regravada durante as sessões de Dangerous, mas deixada de fora do corte final do álbum também e finalmente lançada como faixa bônus em Thriller 25, em 2008.

2 Comments

  1. Maravilha de resgate musical e histórico , só quem viveu está época pode deslumbrar estes poucos mas preciosos momentos que deveriam se tornar um álbum único tipo coletânea .!! Mas enfim valeu pela oportunidade, abraços!

  2. Como é bom sempre saber mais sobre alguém quem se mpre esteve no alge que inspirou as pessoas com sua voz é dança Magic Jackson

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *