Lisa Marie Presley foi apresentada a Michael Jackson pelo advogado de longa data de Jackson, John Branca. Por anos, Jackson tinha cutucado Branca (que uma vez representou o espólio de Presley) sobre apresentá-lo a Lisa. Eles se tornaram mais próximos durante o ‘‘Caso Chandler’’. “Eu estava em turnê”, ele recorda, “era como se eu estivesse no Armagedom… Todas estas histórias horríveis sobre mim estavam circulando… Era inacreditável. Eu poderia contar meus amigos verdadeiros em uma mão.
Nessa tormenta, Lisa Marie ofereceu seu apoio.
Tendo perdido o próprio pai para as drogas, Lisa estava ansiosa em ajudar Jackson a se recuperar do vício dele em analgésicos. Ela também era sensível à exploração que ele estava experimentando nas mãos de “abutres” em torno dele. Quando Michael retornou aos Estados Unidos em meados de dezembro de 1993, o casal começou a se ver com mais e mais frequência.
“A coisa brilhante sobre nós, é que estávamos sempre juntos, mas não deixávamos ninguém saber sobre isso”, disse Michael. “Nós tínhamos que nos ver dessa forma… Nós ficávamos realmente tranquilos e confortáveis um com o outro. Assim foi como, basicamente, o namoro começou… Nós passávamos muito tempo no rancho e apenas caminhando por lá e conversando… isso aconteceu, isso se desenrolou totalmente natural. Nós podíamos sentir e sentimento que tínhamos um pelo outro sem nem mesmo falar sobre isso. Estava tudo na vibração, os sentimentos e os olhares em nossos olhos.”
“Nós nos apaixonamos”, confessou Presley, admitindo que o namoro deles contivesse todas as coisas que se espera — “flores, telefonemas, doces, você nomeie isso”.
Michael fez a proposta a Presley na biblioteca dele, em Neverland. Alguns meses mais tarde, o casal escapou dos Estados Unidos para a República Dominicana, onde foram casados. A pequena e privada cerimonia levou, no todo, doze minutos. Com algum milagre, o casal, de alguma forma, conseguiu manter o casamento em segredo por quase dois meses depois, quando eles passaram a lua de mel em Budapeste, Hungria, e na Disney World e se estabeleceram no Rancho Neverland.
Quando a imprensa, finalmente, ficou sabendo do casamento, houve um previsível rebuliço e muito ceticismo. Muitos viram isso como um “movimento de relações públicas”, dado que Jackson estava a menos de um ano do escândalo de abuso sexual infantil. Outros aclamaram que Presley estava usando-o para começar a própria carreira de cantora dela e levar Michael, e o dinheiro dele, para a Igreja da Cientologia.
Em múltiplas entrevistas (mesmo depois do divórcio deles), contudo, Presley alegou que, enquanto ela podia entender o ceticismo, o casamento foi, na verdade, real e íntimo. “Nosso relacionamento não era ‘uma fraude’ como estava sendo reportado na imprensa”, ela, mais tarde, escreveu no blog dela, logo depois da morte de Jackson.
‘Era um relacionamento incomum, sim, onde duas pessoas incomuns que não viviam ou conheciam uma ‘vida normal’ encontraram uma conexão… Todavia, eu acredito que ele me amou, tanto quanto ele poderia amar alguém e eu o amava muito.’
Com o apoio e encorajamento dela, Michael estava pronto para recomeçar e seguir em frente em uma nova fase da vida e da sua arte.
Não muito depois de Jackson e Presley ter casado, o Rei do Pop estava de volta ao estúdio, trabalhando no novo álbum dele, onde Presley sempre o acompanhava. “Eles agiam como duas crianças apaixonadas”, recorda o engenheiro assistente, Bob Hoffman. “De mãos dadas o tempo todo, e ela sair[ia] por algum tempo.”
Lisa estava profundamente impressionada pelo talento de Jackson, mas ela, também, não tinha medo de ser honesta com ele. Ela não queria que ele bancasse a vítima no álbum; ela queria que ele revidasse. Michael concordou e estava pronto para lançar mais que um ano de raiva e indignação reprimida.
Ele lançou HIStory: Past, Present and Future, Book I.