O propósito de “Leaving Neverland” foi impactar profundamente os espectadores através de detalhes e narrativas chocantes. Muitos críticos e jornalistas ressaltaram esse aspecto como o mais “persuasivo” do documentário. Entretanto, deixaram de mencionar que Wade Robson e James Safechuck distorceram fatos ao descrever locais, datas e eventos específicos. Segue uma compilação de vinte e cinco inverdades apresentadas por eles em “Leaving Neverland”.
Mentira #1: Embora Wade Robson e James Safechuck não tenham qualquer ligação prévia, suas histórias apresentam paralelos surpreendentes:
Durante a divulgação de “Leaving Neverland”, os realizadores do documentário enfatizaram repetidamente a similaridade entre as histórias de Wade Robson e James Safechuck, destacando que nunca se conheceram “quando já eram adultos”. Alegaram que só se reencontraram no Festival de Sundance em janeiro de 2019 e, portanto, suas alegações não poderiam ter sido coordenadas com antecedência.
No entanto, essa afirmação é claramente falsa – as semelhanças estão longe de ser uma coincidência. Segundo o testemunho de Wade Robson em 2016 (meses antes do início da produção do documentário), ele se encontrou com James Safechuck pelo menos uma vez no início de 2014, exatamente quando Safechuck estava se preparando para se juntar a Robson no processo multimilionário contra o Espólio de Michael Jackson.
Desde o início deste caso, Robson e Safechuck são representados pelos mesmos advogados. De fato, os dois estão tão sincronizados que, em julho de 2016, ambos abandonaram seus primeiros advogados, contrataram novos advogados e mudaram suas reivindicações em perfeita conformidade um com o outro.
Mentira #2: “Michael substituiu por um garoto mais novo”
Robson e Safechuck continuam a narrar suas próprias histórias, alegando que existem outras “vítimas mais jovens” que Michael Jackson abusou quando eles já eram “velhos demais” para ele. Safechuck mencionou uma noite em Chicago, onde afirma ter sido substituído por Brett Barnes e acabou passando a noite chorando no sofá. Robson também fez referência a Barnes como o “outro garoto australiano” que supostamente foi molestado por Jackson.
No entanto, Brett Barnes tem sido um defensor contínuo de Jackson e insiste que nunca foi vítima de abuso. Ele até respondeu diretamente ao documentário e seu advogado exigiu a remoção das alegações feitas sobre ele: “O Sr. Barnes quer distância desse filme, não concorda com o uso de sua imagem e deseja ser deixado em paz”, afirmou em uma carta à HBO.
Em maio de 2013, quando Barnes soube da ação movida por Robson contra o Espólio de Jackson, ele protestou contra ela no Twitter: “Eu gostaria que as pessoas entendessem que, em seus piores momentos nesta Terra, nenhuma quantia de dinheiro trará mais conforto do que uma consciência limpa”.
Mentira #3: “Michael me substituiu por Macaulay Culkin”
Wade Robson também alegou que Michael Jackson o substituiu por um garoto mais jovem, o ator infantil Macaulay Culkin, conhecido pelo filme “Esqueceram de Mim”. Robson e sua mãe afirmaram que, ao se mudarem para os Estados Unidos, perceberam uma mudança na atitude de Jackson em relação a eles e que o jovem Macaulay Culkin chamou a atenção do cantor. Curiosamente, Culkin é na verdade dois anos mais velho que Robson.
Após a exibição de “Leaving Neverland”, Culkin reiterou sua defesa de Jackson, afirmando que nunca foi abusado por ele. Em uma entrevista à revista Esquire, Culkin declarou: “Olhe, essa é a verdade: ele nunca fez nada comigo. Eu nunca o vi fazer nada. E especialmente neste momento da vida, eu não tenho motivos para esconder nada… E se eu tivesse algo para falar, eu o falaria. Mas não, eu nunca vi nada; ele nunca fez nada”.
Além disso, há dezenas de fotos e vídeos que comprovam que as crianças que visitavam Neverland se conheciam e passavam bastante tempo juntas. Isso inclui Wade Robson, James Safechuck, Brett Barnes, Frank Cascio e até Jorden Chandler. Robson mesmo testemunhou em 2005 que certa vez passou uma noite em Neverland com Culkin e Chandler.
Mentira # 5: A Estação de Trem Imaginária
Safechuck alega um abuso contínuo na estação de trem de Neverland. Ele afirma que ele e Jackson costumavam ‘fazer sexo’ lá no início de seu ‘relacionamento’ entre novembro de 1987 e janeiro de 1990: “Na estação de trem, havia uma sala no andar de cima … e tivemos relações sexuais. Isso acontecia todos os dias’’.
Segundo Safechuck, a última vez que foi abusado foi em 1992, quando completou 14 anos era “muito velho” para Jackson. Semanas após a exibição de “Leaving Neverland”, a mentira de Safechuck foi exposta: a icônica estação de trem nem existia naquele ano.
As licenças de construção mostram que a aprovação para a construção ocorreu apenas em setembro de 1993, e o processo de construção terminou no inverno de 1994 — pelo menos quatro anos após o período da história de Safechuck.
Mentira # 6: O Castelo Invisível
James Safechuck menciona o Castelo de Neverland e o fliperama como locais de abuso, alegando que havia camas nesses espaços. No entanto, três pessoas que trabalharam em Neverland contradizem essas afirmações.
Alan Scanlan, gerente de manutenção, afirmou que nunca viu camas nesses locais. Brad Sundberg, engenheiro de som do rancho, também confirmou que não havia camas no castelo, que era cercado por grandes janelas. Em 2013, Rob Swinson, consultor e desenvolvedor de Neverland, descreveu o castelo em uma entrevista, afirmando que havia apenas uma pequena TV no canto e nada mais.
Curiosamente, o castelo também não existia nos anos mencionados, e o processo de construção só terminou em 1991.
Mentira # 7: Itens Falsos em Chamas
“Leaving Neverland” chega a um clímax dramático com Wade Robson queimando presentes que alegadamente recebeu de Michael Jackson ao longo dos anos. No entanto, esses itens são revelados como falsificações: Robson já havia leiloado os verdadeiros itens de Jackson pela Julien’s Auctions em 2011. Os objetos queimados não eram de fato propriedade de Jackson; incluíam uma cópia selada de Thriller 25, uma réplica da luva de ‘Billie Jean’, o livro The Michael Jackson Opus, entre outros. Estes eram itens de menor valor que Robson vendeu por mais de cem mil dólares alguns meses antes de “perceber” que havia sido abusado.
Mentira # 8: Joy Robson se livrou de qualquer coisa relacionada a Jackson
Joy Robson afirma ter se desfeito de qualquer objeto que tivesse “nome ou assinatura de Michael Jackson” após Wade revelar suas alegações em 2012. No entanto, em “Leaving Neverland” (filmado em 2017), ela apresenta fotos, fitas, vídeos de aniversário e faxes que claramente nunca se preocupou em descartar.
Apesar das alegações de Wade e da ação movida contra a propriedade de Jackson, a família Robson continuou a vender itens valiosos que receberam do cantor. Em agosto de 2015, eles listaram uma foto emoldurada de Michael Jackson no eBay, com o preço inicial de US $1.100. A inscrição na foto dizia: “Para Wade, o melhor amigo do universo, Amor, Michael”. O leilão foi realizado sem revelar a identidade dos proprietários.
Mentira # 9: “Michael nos ensinou a odiar garotas”
Wade Robson e James Safechuck afirmam que Michael Jackson os instruiu a odiar garotas e a seguir esse sentimento. No entanto, não há evidências que comprovem que Jackson tinha sentimentos negativos em relação às mulheres. Pelo contrário, tanto meninas quanto meninos frequentavam Neverland.
Mentira # 10: Os faxes da família Robson
Ambas as famílias apresentaram lembranças antigas de Michael Jackson, mas nenhuma delas ofereceu evidências que corroborem suas alegações contra ele. A família Robson exibiu uma correspondência de fax entre Jackson e Joy, que eles descreveram como “cartas de amor” para Wade. Esta cena foi destacada como um dos “cinco momentos mais chocantes de Leaving Neverland”.
Entretanto, a cena do fax parece ser uma tentativa de desviar a atenção dos espectadores da falta óbvia de evidências ao longo do documentário. O conteúdo desses faxes não é de forma alguma incriminador, pois apenas mostra Jackson expressando seu afeto pela família Robson, algo que ele costumava fazer com outras famílias também.
Segundo o testemunho de Joy Robson em 2016, todos esses faxes foram enviados para ela. Ela explicou que na maioria das vezes era o assistente pessoal de Michael Jackson que os enviava, pois Jackson mesmo não sabia como fazê-lo. Os registros do tribunal incluem quase 40 faxes dirigidos à família como um todo, expressando mensagens como “Joy, amo todos vocês”, “Joy, farei tudo o que puder para ajudar” e “Chantal, amo você porque é muito gentil”. Essas correspondências não foram mostradas em “Leaving Neverland” porque não se encaixam na narrativa apresentada por Wade Robson.
Mentira # 11: As fitas da família Safechuck
A única “evidência” apresentada por James Safechuck em “Leaving Neverland” é uma fita de uma entrevista que ele conduziu com Michael Jackson após uma viagem ao Havaí com sua família. No documentário, ouvimos Jackson dizendo: “A melhor coisa do Havaí era passar um tempo com Jimmy”, o que parece sugerir intimidade.
No entanto, documentos judiciais revelam a transcrição completa da fita, demonstrando que ela foi editada. Na realidade, Jackson disse: “A melhor coisa do Havaí foi passar um tempo com Jimmy. Amo a família de Jimmy e quero passar tempo com eles”.
Mentira # 12: A declaração de Mark Geragos
Em um momento do documentário, é mostrado um vídeo de arquivo de uma conferência de imprensa dada por um dos ex-advogados de Michael Jackson em 2003. O objetivo do vídeo era retratar os métodos agressivos e intimidadores de Jackson para silenciar suas supostas vítimas, impedindo-as de testemunhar contra ele no julgamento de 2005.
No entanto, o problema é que o vídeo original, com duração de dois minutos, foi editado para apenas 15 segundos, fora de contexto. O advogado Mark Geragos (que não representou Jackson em 2005) estava abordando uma questão completamente diferente: ele se referia especificamente a dois homens adultos que haviam gravado ilegalmente suas conversas com Michael Jackson. As duas frases em que Geragos menciona esses dois homens são simplesmente omitidas no documentário, resultando em uma edição manipulativa e distorcida da realidade:
Mentira # 13: A intimação que nunca existiu
Robson afirma que não queria testemunhar na defesa de Jackson em 2005, mas foi forçado a fazê-lo depois de receber uma intimação. Quando perguntado sobre isso em 2016, Robson disse que se lembra de ter recebido a intimação, embora não se lembrasse de quando e onde estava, e se alguém estava com ele.
De acordo com Scott Ross, o investigador de defesa no julgamento de Jackson em 2005, eles nunca enviaram uma intimação a Robson: “Quanto a fazer alguém testemunhar — eu adoraria que Wade Robson me mostrasse a intimação que ele nunca recebeu. Simplesmente liguei para ele e disse-lhe: “escute, precisamos que você chegue aqui em tal e tal dia”. Eu estava em comunicação regular com sua irmã, que testemunhou, eu estava em comunicação regular com sua mãe, que testemunhou. Então, novamente, quando ouço essas alegações — o nível de estupidez — o nível de absurdo é insano!’’
O advogado de Jackson, Thomas Mesereau, em 2005, afirmou que nunca tinha ouvido falar de ninguém em sua equipe que enviou uma intimação a Robson: “[A reivindicação de Robson] me choca […] Ele e sua mãe e irmã vieram a Neverland prontos para apoiar Michael Jackson voluntariamente. E foi o que eles fizeram.
Mentira # 14: A ligação telefônica que ninguém chamou
James Safechuck alega que “no final do julgamento”, houve uma tentativa de forçá-lo a testemunhar a favor de Jackson. Ele diz que o assistente pessoal de Jackson, Evvy Tavasci, ligou implorando para que ele testemunhasse e que, uma vez que ele se recusou a fazê-lo, Jackson ficou com raiva e “o ameaçou”.
Na verdade, James Safechuck era irrelevante para o julgamento de 2005 e seu testemunho nunca foi necessário.
Em 28 de março de 2005, o juiz Rodney Melville já havia decidido que “evidências de Jimmy Safechuck não serão permitidas”. Desde os primeiros estágios do julgamento, o tribunal decidiu que James Safechuck “não era uma escolha”, uma vez que não havia alegações a respeito, nem testemunhas, e porque o próprio Safechuck declarou sob juramento que nunca havia sido molestado. Portanto, a defesa não tinha motivos para chamar Safechuck e ele não estava na lista de testemunhas.
“James Safechuck não teve nada a ver com o julgamento, exceto talvez se ele estivesse assistindo na TV, foi o mais perto que ele chegou”, disse Scott Ross.
Ross também enfatizou que Jackson e seu assistente nunca estiveram em contato com as testemunhas e que era seu dever fazer isso.
Mentira # 15: Os prêmios Grammy
No seu processo legal contra o Espólio e as empresas associadas a Michael Jackson, Safechuck afirma que Jackson o levou de avião para Nova York para assistir à sua apresentação no Grammy em fevereiro de 1989. Ele declara que durante essa viagem, estavam sozinhos e que ocorreu um abuso sexual. No entanto, há uma inconsistência relevante: Jackson não participou do Grammy de 1989, que aconteceu em Los Angeles.
Esse equívoco não é trivial. Jackson se apresentou no Grammy de 1988, e naquela ocasião, James e sua mãe o acompanharam até Nova York. Segundo Safechuck, durante essa viagem, sua mãe não permitiu que ele dormisse no quarto de Jackson, e ele ficou em um quarto separado com ela. Dessa forma, um suposto “abuso contínuo” não poderia ter ocorrido naquele momento. Safechuck afirma que o abuso sexual começou em junho de 1988, em um quarto de hotel em Paris.
Mentira # 16: a céu aberto
Apesar de retratar Jackson como um agressor paranoico e muito cauteloso, que se esforçaria bastante para não ser pego, James Safechuck alega que ele havia sido molestado em todas os lugares possíveis — e impossíveis — em Neverland. Entre eles estão os lugares abertos que qualquer pessoa poderia ver a qualquer momento.
Safechuck afirma ter sido molestado na piscina de Neverland. No entanto, a piscina de Neverland estava localizada em uma área central que qualquer visitante ou funcionário podia ver à distância. Além disso, a piscina é cercada por câmeras de vigilância e oficiais do serviço de Santa Barbara vigiando vinte e quatro horas por dia!
James Safechuck conta uma época em que ele e Jackson quase foram pegos em flagrante por sua mãe: “O cinema tinha esses dois quartos privativos, tinha grandes janelas de vidro para que você pudesse ver o cinema e fazer sexo nesses quartos’’. A mãe de James, Stephanie, corroborou sua história quando descreveu dramaticamente como uma noite ela tentou entrar no cinema quando Jackson estava lá com seu filho — mas as portas estavam trancadas por dentro.
Esse cenário também se tornou impossível: as portas do cinema em Neverland tinham dispositivos de saída de pânico (também conhecidas como barras de segurança) e não podiam ter sido trancadas por dentro. Segundo Alan Scanlan, que construiu o teatro Neverland, trancar as portas só era possível do lado de fora, e os únicos que tinham a chave eram os seguranças.
Mentira # 17: Os apelidos
O ‘‘documentário’’ também trata dos apelidos que Jackson deu a Robson e Safechuck: Rubba Head, Apple Head e Doo-Doo Head, o que implica que esses nomes são sugestivos e sexuais. O ex-astro infantil Emmanuel Lewis, que era um dos amigos de Jackson, explicou que foi ele quem inventou o nome Rubba: “Todo mundo se chamava de Rubba. Isso não significava nada”. De fato, dezenas de vídeos online confirmam que Jackson chamava todos por esses apelidos: amigos, filhos, sobrinhas, sobrinhos e primos.
Mentira # 18: Fora da câmera
Em “Leaving Neverland”, Robson diz que Jackson deu a ele uma câmera de vídeo como um “presente de favor sexual” logo após seu último suposto abuso aos 14 anos de idade: “Na manhã seguinte, ele me entregou uma câmera nova, tipo, que ele havia adquirido com quem eu poderia brincar’’.
Mas em 2002, Wade contou uma história completamente diferente sobre como e quando ele conseguiu essa câmera:
“Eu comecei meu interesse em dirigir filmes quando eu tinha sete anos. Em vez dele apenas me dar a câmera ele dizia: “Aqui está uma câmera de vídeo — tire uma semana, aprenda a usá-la — grave algumas coisas. Se você fizer algo interessante, pode ficar com ela, se não fizer nada vou querer ela de volta’’
A correspondência por e-mail entre Wade e sua mãe confirma que Wade a câmera em sua primeira viagem aos Estados Unidos quando tinha 7 anos. Essa correspondência por e-mail é de outubro de 2012, no momento em que Robson estava escrevendo seu livro e se preparando para o processo. Ele havia trocado vários e-mails com a mãe sobre todos os detalhes de seu relacionamento com Jackson.
Mentira # 19: A razão pela qual Robson testemunhou em defesa de Jackson
Desde que Robson entrou com sua ação em 2013, ele confirmou repetidamente que “não sabia que havia sido abusado” e que “não sabia que estava errado” e foi por isso que testemunhou no tribunal que Jackson nunca o molestara.
No entanto, Robson contradiz sua própria afirmação — no ‘‘documentário’’— e em seu processo. Durante o ‘‘documentário’’, ele explica que decidiu testemunhar a favor de Jackson, porque se sentia mal por seus três filhos e não queria que eles perdessem o pai. A preocupação de Robson sugere que ele estava muito ciente de que esse relacionamento seria errado e inapropriado. No estande, ele respondeu perguntas específicas e explícitas sob juramento e afirmou estar ciente de que Jackson poderia acabar na prisão se condenado.
Mentira # 20: Michael deu uma casa aos Safechucks porque eles o defenderam
“Queríamos comprar outra casa e Michael nos deu um empréstimo a uma taxa percentual muito baixa. Meu marido já tinha um depoimento, e depois disso tudo Michael disse: “Não, eu não quero mais que você me pague, é um presente”. Então ele nos comprou uma casa.
Stephanie Safechuck insinuou que Jackson os presenteou com uma nova casa depois que eles testemunharam em sua defesa em 1994. A linha do tempo real, no entanto, refuta completamente suas insinuações.
Documentos mostram que os pais de James Safechuck perguntaram a Jackson se ele poderia ajudá-los a comprar uma casa nova. Em maio de 1992, Jackson concordou em ajudar e sua confiança lhes concedeu um empréstimo fixo de US $ 305.000 com uma baixa taxa de juros. O acordo deles afirmava que os Safechucks devolveriam o empréstimo. As partes assinaram o acordo muito antes das alegações de Chandler e dois anos antes de Jackson precisar de alguém para testemunhar por ele.
Em junho de 1997, cinco anos depois, os advogados de Jackson decidiram perdoar a dívida que os Safechucks não pagaram. A dívida perdoada não tinha nada a ver com as alegações nem com o apoio da Safechucks.
Mentira # 21: A Dança de Stephanie
Stephanie Safechuck disse que estava deitada na cama quando soube da morte súbita de Michael Jackson em 2009 (que na verdade foi relatada por volta das 14:00 GMT): “Eu dancei quando soube que ele morreu. Eu estava deitado na cama, as notícias chegaram e eu saí da cama. “Eu fiquei tipo ‘Oh, graças a Deus, ele não pode machucar mais crianças’ — esses eram meus pensamentos. Fiquei tão feliz que ele morreu’’.
Mas de acordo com seu filho, ele nunca contou a ninguém sobre seu abuso e não percebeu que foi abusado até ver a entrevista de Wade Robson em 2013 — e só então contou à família sobre isso. Stephanie não poderia saber sobre o suposto abuso quatro anos antes de James lhe contar.
Mentira # 22: Robson e Safechuck não têm nada a ganhar
Os produtores do documentário “Leaving Neverland” insistem em retratar Robson e Safechuck como pessoas desinteressadas em ganhos financeiros. Eles brevemente mencionam seus processos legais contra as empresas de Jackson como algo secundário, mas a realidade é outra.
“Leaving Neverland” aborda as alegações por trás de um processo judicial multimilionário que está em andamento até hoje. O documentário parece ter sido claramente concebido para apoiar esses processos legais. De fato, foi até usado para fundamentar uma alteração na lei (Seção 340.1 do Código de Processo Civil), permitindo que a ação legal continuasse.
Além disso, desde a exibição inicial de “Leaving Neverland”, vários documentos vieram à tona expondo a instabilidade financeira e de emprego de Robson e Safechuck. Wade Robson tem tentado constantemente capitalizar seu relacionamento com Jackson, vendendo itens valiosos e buscando oportunidades de emprego relacionadas a Jackson meses antes de iniciar o processo legal.
Mentira # 23: “Michael nos afastou de nossas famílias”
Uma das alegações equivocadas em “Leaving Neverland” era que Jackson separava crianças de suas famílias para exercer controle sobre elas. No entanto, funcionários de Neverland e várias pessoas que trabalharam para Jackson afirmam que James Safechuck sempre estava acompanhado pelos pais durante suas visitas e viagens. A assistente pessoal de Jackson, Evvy Tavasci, testemunhou em 2016 que a família Safechuck visitou Neverland “inúmeras vezes” nos anos 90, embora Jackson raramente estivesse presente durante essas visitas, mas ainda era generoso com eles.
Joy Robson também contradisse a alegação de seu filho. De acordo com seus depoimentos em 1993 e 2016, e seu testemunho em 2005, ela estava presente em Neverland sempre que Wade estava lá, com exceção de uma vez em 1993. Joy também afirmou que nunca sentiu que alguém estava tentando mantê-la longe do quarto de Michael. Segundo ela, sua família visitou Neverland 40 a 50 vezes mais quando Jackson não estava lá.
Outras famílias que construíram amizade com Jackson ao longo dos anos também afirmaram que ele passava tempo com toda a família, incluindo irmãos, pais e parentes.
Mentira # 24: Nunca deixou Neverland
O foco do “documentário” está nas experiências traumáticas de Robson e Safechuck em Neverland, o famoso rancho de Michael Jackson. No entanto, para eles, Neverland não era apenas um lugar comum, mas sim uma espécie de paraíso.
Ao longo dos anos, tanto Robson quanto Safechuck continuaram retornando a Neverland, mesmo na ausência de Jackson. Robson afirmou que visitou o local pelo menos 40 vezes com sua família quando Jackson não estava presente, descrevendo-o em entrevistas como “como a Disneylândia, é a melhor coisa do mundo!”
Em 2008, Wade e sua esposa Amanda até filmaram um filme em Neverland, agradecendo a Jackson nos créditos por permitir o uso da propriedade. James Safechuck também filmou um vídeo em Neverland durante as filmagens de seu filme em 1996. Grande parte das imagens apresentadas em “Leaving Neverland” são da filmagem de Safechuck.
A ligação emocional de Robson com Neverland era tão forte que ele até queria realizar sua cerimônia de casamento lá. No entanto, durante o julgamento de Jackson em 2005, a assistente pessoal e babá de Jackson, Grace Rwaramba, lembrou-se de ter recebido essa solicitação com indignação. Ela questionou por que alguém que alegava ter sido vítima de abuso por tantos anos gostaria de celebrar um evento tão importante na mesma propriedade onde os supostos ataques ocorreram.
Mentira # 25: “Alguma dúvida?”
Se você chegou até aqui, essa mentira deve ser bastante óbvia. O diretor de “Leaving Neverland”, Dan Reed, defendeu as muitas falhas de seu ‘‘documentário’’ e afirmou que sua pesquisa não foi perfeita: “Surgiram várias dúvidas o que eles me disseram e o que está no filme. Nós não vamos falar. Tudo que eles dizem é verdadeiro’’
Na realidade, Dan Reed escolheu se concentrar exclusivamente nas narrativas dos Robsons, dos Safechucks e dos “investigadores da acusação” do caso de 2005, e não considerou outras perspectivas. Ele admitiu ter ignorado diversas famílias que têm relatos distintos para oferecer, como as de Culkin e Barnes, que ele erroneamente retratou como vítimas. Além disso, ele se recusou a dialogar com a família Jackson, os advogados de defesa, os funcionários de Neverland e qualquer pessoa que pudesse corroborar o lado de Jackson da história. Reed também falhou em analisar as declarações e depoimentos de Robson e Safechuck em seus atuais processos contra as empresas de Jackson, que estão disponíveis publicamente para qualquer pessoa interessada em realizar uma investigação imparcial.
A consideração desses diversos fatores poderia ter resultado em um documentário mais profissional, baseado em fatos e possivelmente mais equilibrado em sua abordagem.
Assista ao documentário AS MENTIRAS DE LEAVING NEVERLAND:
Agradecimento especial à MJ Story