”Sempre amei a música de Michael Jackson e continuo amando. Ele era apenas quatro anos mais velho do que eu, então nossa jornada pela vida foi paralela. Sua morte não apenas me fez sentir a passagem do tempo, mas também me trouxe a percepção dolorosa de que meus ídolos, aqueles que moldaram minha juventude, estão partindo.
Tive a honra de conhecer Michael Jackson durante sua icônica turnê Bad. Na época, eu era fotógrafo e escritor para o R&B Report em Burbank, Califórnia. Graças à amizade com Frank DiLeo, empresário de Jackson, minha revista recebeu um acesso sem precedentes quando a turnê chegou ao Irvine Meadows Amphitheatre.
Após assinar inúmeros documentos, quase mais do que quando comprei minha primeira casa, fui autorizado a fotografar Michael no palco. Muitas das fotos nunca foram publicadas, não por falta de qualidade, mas porque não receberam aprovação. Algumas, felizmente, foram devolvidas a mim com um agradecimento sincero pela cobertura e pelas imagens excepcionais.
Encontrá-lo foi exatamente como eu imaginava: um homem de fala mansa, extremamente educado. Trocamos algumas piadas, algumas perguntas, sempre cercados por sua extensa comitiva.
Tive a sorte de assistir a três de suas últimas turnês. Ver Michael Jackson ao vivo era presenciar o ápice da música pop: um mestre da dança, com músicas pop e R&B incríveis, pirotecnia impressionante, truques de mágica, e, acima de tudo, um artista que parecia verdadeiramente vivo quando estava sob os holofotes.”
por Charles Karel Bouley, fotógrafo