Se você acha que é impossível imaginar outro ator além de Johnny Depp como Edward Mãos de Tesoura, prepare-se para uma revelação fascinante. Quando Tim Burton começou a desenvolver o filme, ele tinha em mente outra figura icônica: Michael Jackson. Sim, o Rei do Pop quase foi o rosto por trás do personagem que conquistou gerações.
O ano era 1989, e Michael Jackson estava no auge de sua carreira, recém-saído da épica turnê mundial do álbum Bad. Ao mesmo tempo, Tim Burton buscava um ator que trouxesse vulnerabilidade e um toque de estranheza ao seu conto gótico. Michael, um admirador confesso das obras de Burton, viu na oportunidade de interpretar Edward a chance de expandir sua atuação além dos clipes musicais.
No entanto, compromissos de estúdio e a intensa rotina criativa que antecedia o lançamento de seu greatest hits o impediram de mergulhar no projeto.
Com Jackson fora da jogada, o papel foi para Johnny Depp, que, à época, ainda buscava se afastar da imagem de galã adolescente. A escalação de Depp não só solidificou sua carreira, mas também deu início a uma das parcerias mais icônicas de Hollywood, com ele e Burton colaborando em um total de sete filmes.
A relação de Michael com o personagem não terminou aí. Quando as mãos de metal usadas no filme foram colocadas à venda em um leilão beneficente anos depois, Jackson as adquiriu por uma soma considerável.
Hoje, ao revisitarmos o clássico de Tim Burton, é impossível não imaginar como seria Edward Mãos de Tesoura com Michael Jackson no papel.
O que teria sido uma performance carregada de um tipo único de melancolia e magia deu lugar a uma interpretação que definiu a carreira de Johnny Depp. Mas, em uma dimensão alternativa, talvez Edward cante “Man in the Mirror” enquanto corta artisticamente arbustos. E essa imagem, por mais surreal que pareça, é estranhamente encantadora.