Quando Michael Jackson lançou o teaser do álbum HIStory, ele não apenas promoveu um disco, mas orquestrou um evento que sacudiu a cultura pop.
Dirigido por Rupert Wainwright e com um orçamento de US $4 milhões, o minifilme de 3 minutos e 57 segundos transformou-se em um espetáculo visual e emocional. Ao som da poderosa trilha sonora de Outubro Vermelho, Michael aparece como um imperador triunfante, aclamado por multidões e escoltado por uma presença militar imponente.
Gravado em Budapeste e finalizado com efeitos visuais de ponta, o teaser marcou a história da música e da publicidade de forma inesquecível.
Transmitido pela primeira vez na MTV em 22 de maio de 1995, HIStory Teaser rapidamente dividiu opiniões. Enquanto os fãs viam o vídeo como uma celebração audaciosa do legado de Michael, alguns jornalistas levantaram preocupações, comparando sua estética grandiosa ao filme de propaganda nazista Triunfo da Vontade, de Leni Riefenstahl. A controvérsia gerou manchetes inflamadas, questionando as intenções do Rei do Pop e alimentando debates sobre o uso da iconografia no entretenimento.
Michael, no entanto, não recuou. Em uma entrevista para Diane Sawyer no Primetime Live, ele rejeitou categoricamente qualquer ligação com políticas extremas. “Isso é arte”, disse ele. “Não tem nada a ver com Comunismo, Fascismo ou qualquer outra coisa. Minha intenção era brincar com a mídia e provocar.” E provocar ele conseguiu.
Cada frame do teaser parecia ser uma declaração de poder, um lembrete de que Michael Jackson não apenas fazia música, mas moldava narrativas que transcendiam o palco.
O HIStory Teaser permanece como uma obra emblemática da carreira de Michael. Mais do que um comercial, foi uma ousada jogada de marketing e um reflexo de seu complexo relacionamento com a mídia. Michael não era apenas um artista; ele era um mestre em transformar controvérsias em megafones, amplificando sua voz em um mundo que nunca deixou de prestar atenção.