Michael Jackson, Quincy Jones e o nascimento de ‘Thriller’

Quando Quincy Jones, Michael Jackson e o lendário engenheiro de som Bruce Swedien entraram no estúdio em 1982, não havia dúvidas sobre a missão em mente. O desafio era audacioso: criar o maior álbum de todos os tempos.

O que poucos sabiam é que por trás do lendário Thriller havia uma promessa silenciosa e profunda de Michael, uma espécie de vingança pessoal. Após o sucesso retumbante de Off the Wall, Jackson esperava conquistar a noite do Grammy e sair com um punhado de prêmios, mas o destino lhe reservou apenas uma única estatueta, pela Melhor Performance Vocal de R&B por “Don’t Stop ‘Til You Get Enough”. Isso acendeu uma chama que jamais se apagaria.

Thriller não foi apenas uma obra musical; foi um manifesto. Michael Jackson decidiu que o próximo trabalho teria um impacto que ninguém pudesse ignorar. Com uma perfeccionista atenção aos detalhes e uma paixão quase obsessiva, ele se uniu a Quincy Jones para criar algo que transcendesse a época.

Cada faixa, cada batida e cada harmonia foram trabalhados à exaustão, dando vida a um som que parecia inédito e impossível de imitar. Michael  queria garantir que seu nome fosse gravado na história e que Thriller fosse um fenômeno imbatível.

O lançamento de Thriller em novembro de 1982 foi explosivo. O álbum misturava o pop com o rock, o funk e o soul, tudo de uma forma que encantava e surpreendia. Cada faixa era uma obra-prima por si só, e o videoclipe de “Thriller” revolucionou o modo como o mundo enxergava a música, inaugurando a era dos videoclipes como um meio essencial de expressão artística.

Mais do que uma coleção de músicas, Thriller tornou-se um evento cultural, redefinindo o conceito de sucesso no mundo da música.

Com Thriller, Michael não só conquistou os Grammys que lhe escaparam antes, mas bateu recordes impensáveis. Oito estatuetas do Grammy, mais de 150 prêmios e o título de álbum mais vendido de todos os tempos.

Ele não apenas ultrapassou as próprias expectativas; Jackson quebrou as barreiras entre gêneros e criou uma obra atemporal que continua a ressoar por gerações. A promessa que ele fez para si mesmo foi cumprida com uma intensidade avassaladora.

Hoje, Thriller permanece não só como um marco musical, mas como uma prova do poder da determinação e da genialidade de um artista que se recusou a ser subestimado. O álbum não apenas consolidou Michael Jackson como o Rei do Pop, mas provou que ele era uma força imortal na cultura global, que jamais aceitaria menos do que a eternidade.

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