Como um portão de Neverland virou música no álbum ‘Invincible’, de Michael Jackson

Em 30 de outubro de 2001, após anos de expectativas e adiamentos, Michael Jackson lançou Invincible, um álbum que não teve o brilho promocional que outros álbuns do Rei do Pop receberam.

Lançado em uma batalha crescente com sua gravadora, Jackson percebeu que o empenho da indústria para promover seu trabalho havia diminuído drasticamente. Apesar disso, quando se tratava de sua arte, ele nunca entregava nada menos que o melhor de si. Mesmo enfrentando desgastes pessoais e profissionais, Michael mergulhou profundamente na produção, colocando seu coração e alma no projeto.

Uma das características mais fascinantes de Michael Jackson era sua obsessão por sons únicos. Ele não queria apenas criar melodias cativantes; queria desafiar o que o ouvido humano estava acostumado a ouvir. Para isso, colaborou com Rodney Jerkins, conhecido por sua abordagem inovadora na produção musical. Juntos, eles exploraram os limites da criatividade sonora, incorporando elementos industriais e urbanos de forma pioneira.

Michael era conhecido por buscar inspiração onde outros não ousavam procurar. Ele acreditava que até o som mais comum poderia ser transformado em algo extraordinário e foi assim que em uma caminhada pelo Rancho Neverland, o produtor Rodney Jerkins capturou o som de um portão de gado e o incorporarou à música “Invincible”.

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Apesar das tensões com a gravadora e de uma promoção aquém do esperado, Invincible é um testemunho da capacidade de Michael Jackson de transformar adversidades em arte. O álbum, que reúne faixas como “You Rock My World“, “Butterflies” e a poderosa “Cry“, prova que, mesmo em um momento de turbulência, Jackson não abandonou o compromisso com sua visão artística.

Invincible não foi apenas um álbum; foi um reflexo de um artista que, mesmo enfrentando obstáculos, não se contentava com menos do que a perfeição. Através dele, Michael Jackson reafirmou que sua música era mais do que entretenimento: era um convite para explorar novas dimensões sonoras e emocionais.

O legado do álbum, muitas vezes subestimado, continua a inspirar ouvintes e artistas, lembrando-nos do gênio criativo que o Rei do Pop sempre foi.

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