Michael Jackson e Lady Gaga em imagem criada por IA

Charts: e se o Espólio lançasse hoje a verdadeira “Monster”?

Em 2025, a música mais tocada no planeta se chama “Abracadabra” — mas você não vai encontrá-la no Top 100 da Billboard.

Enquanto isso, artistas indie quebram recordes no Spotify. Trechos de hits são sampleados no intervalo do futebol. A cultura pop borbulha nas redes, nos memes, nas dublagens… mas os charts seguem dormindo.

Não é novidade. Em 2023, Lady Gaga viu “Bloody Mary” — uma faixa de mais de 10 anos — ressuscitar por causa da série Wandinha, viralizar globalmente, atingir o topo do Spotify… e ainda assim ser solenemente ignorada pela Billboard.

Agora imagina…

E se o Espólio de Michael Jackson resolvesse lançar, em 2025, a verdadeira versão de “Monster”?

Não aquela faixa polêmica de 2010, mas a gravação sombria, intensa e crítica, produzida no final dos anos 1990 e início dos 2000 — com ecos e nuances de Ghosts e Threatened: Uma faixa hip-hop teatral, em que Michael encara os “monstros” da fama, da mídia e da perseguição pública com versos diretos e um instrumental pesado.

Visualiza o cenário:

  • Clipe com IA e imagens restauradas de Michael em Ghosts.
  • Challenge no TikTok com coreografia estilo “Threatened” (vista em This Is It).
  • Milhões de views em horas.
  • Discussões em podcasts.
  • Artigos.
  • Reações.
  • Emoção.

Mas… e na Billboard?

Nada. Nem Top 100.

E isso, por mais absurdo que pareça, não seria nem inédito.

Porque algo parecido já aconteceu: em 1995.

Naquele ano, Michael e Janet lançaram a faixa-dueto mais explosivo “Scream” — com o clipe mais caro da história, presença massiva na MTV, cobertura em todos os jornais e uma produção impecável. O impacto foi inquestionável. Culturalmente, foi uma bomba que se repete .

Mas sabe até onde chegou no Hot 100?

#5.

Porque, mesmo no auge, Michael já esbarrava em um sistema que não sabia medir o tamanho do que ele fazia. E hoje, quase 30 anos depois, a história ainda se repete.

Se “Monster” saísse agora, com tudo isso, poderia ser o maior hit do ano — mas fora dos charts oficiais.

E talvez seja esse o ponto. A Billboard já não dita mais o que é um sucesso. A cultura popular escapa dos radares tradicionais. O hit hoje nasce no feed, explode na rua, e sobrevive no emocional coletivo.

Michael sempre soube disso. Em 1995, ele avisou.
Em 2025, mesmo em silêncio, ele provaria.