Mariah Carey e Michael Jackson: (Type) Dangerous

“Type Dangerous” de Mariah Carey e sua conexão com Michael Jackson: uma resposta direta a Tommy Mottola

Lançada em 6 de junho de 2025, “Type Dangerous” é o primeiro single solo de Mariah Carey desde 2019, e revisita os anos da era Dangerous de Michael Jackson como um gesto simbólico contra Tommy Mottola. A capa, a letra e o contexto de vida dela reforçam essa interpretação.

A arte de divulgação exibe serifas vermelhas sobre fundo preto, com “DANGEROUS” em evidência, “TYPE” reduzido e “MARIAH CAREY” em estilo delicado — um design que ecoa diretamente a tipografia gótica de Dangerous (1991). A adoção de letras serifadas finas como complemento visual corrobora essa referência jacksoniana intencional.

Sonoramente, a faixa sampleia “Eric B. Is President” (1987), combinando groove clássico com percussão moderna e produção new jack swing. Isso coloca “Type Dangerous” na mesma linha estilística de Dangerous, onde o ritmo e a atitude eram parte da narrativa de liberdade. Fonte

Na letra, o verso “That was just a castle and an evil king / Made my escape, yes I had to flee” faz alusão clara a Tommy Mottola, descrito por Mariah como controlador e comparado a um “rei diabólico” por Michael Jackson em 2002. Mariah já chamou o casamento de “cárcere” em sua autobiografia, enquanto MJ confirmou que ela confiou nele para escapar desse ambiente. Fonte

Em 2002, ambos sofreram sob o poder de Mottola — ela no casamento, ele enfrentando a pressão na Sony com o lançamento de Invincible. O retorno à estética Dangerous funciona como tributo à postura de resistência que Michael assumiu naquela fase.

O clipe, dirigido por Joseph Kahn, apresenta Mariah dispensando vários “tipos perigosos” — sem exagerar na grandiosidade. Apesar dos efeitos visuais e da participação de MrBeast, o elemento central continua sendo a metáfora da fuga: ela rejeita cada “tipo” e reafirma seu poder de escolha. Fonte

“Type Dangerous” é um manifesto de autonomia. A junção entre letra, arte e sample cria uma narrativa coerente: Mariah se liberta do “castelo” de Mottola e assume controle da própria história, celebrando décadas de luta pessoal.

Esta conexão estética, sonora e emocional com Dangerous não é mera nostalgia — é continuidade de uma luta. Mariah retoma sua voz, presta homenagens sutis ao apoio de Michael e transforma sua dor em música com clareza estratégica.

Este artigo foi desenvolvido com base em uma análise publicada inicialmente pela MJ Culture.