Michael Jackson foi rejeitado pela própria terra que o viu nascer. Isso pode soar impensável, até cruel, mas é uma realidade amarga que se tornou visível ao longo das últimas décadas. Enquanto o mundo o aplaudia de pé, os Estados Unidos preferiram desconfiar, criticar e muitas vezes desacreditar seu maior ícone pop.
Sim, Michael Jackson possui milhões de fãs nos Estados Unidos. Isso é inegável. Mas também é inegável que parte significativa da mídia e da opinião pública americana se deixou contaminar por mentiras, distorções e julgamentos injustos. Foi nos tribunais, nas manchetes e nas salas de reuniões que tentaram apagar a luz de um dos artistas mais brilhantes da história.
A indústria cultural americana falhou com ele. Em vez de celebrar sua arte, preferiu levantar dúvidas. Em vez de protegê-lo, permitiu ataques. Em vez de reconhecer sua contribuição incomparável à música, permitiu que sua imagem fosse arranhada por interesses que nada tinham a ver com justiça ou verdade.
Mas Michael Jackson não precisava dos Estados Unidos. Sua arte rompeu fronteiras, sua música foi traduzida em todas as línguas e sua dança foi imitada nos quatro cantos do planeta. Ele era maior que qualquer país, maior que qualquer mercado, maior que qualquer tentativa de boicote.
Michael Jackson vendeu mais de 1 bilhão de discos no mundo. Isso não é apenas um número. É um testemunho da conexão profunda entre sua música e as pessoas de todas as culturas, crenças e línguas. Poucos artistas conseguiram tocar tantas almas como ele. Nenhum outro cantor pop teve uma influência tão abrangente e duradoura.
Enquanto alguns americanos discutiam suas excentricidades, o resto do mundo celebrava sua genialidade. Enquanto tentavam desqualificá-lo com acusações sem fundamento, milhões ao redor do planeta coreografavam “Thriller” e cantavam “Heal the World” de olhos fechados e coração aberto.
A verdade é simples: os Estados Unidos renegaram Michael Jackson, mas o mundo o adotou. De Tóquio a Buenos Aires, de Paris a Nova Delhi, de Moscou a Rio de Janeiro — ele foi e continua sendo reverenciado como um verdadeiro embaixador da música universal.
Ele não pertence à América. Ele pertence à humanidade. Michael Jackson é um fenômeno que ultrapassa qualquer fronteira geográfica ou política. Ele falou sobre amor, paz, dor, infância, solidão, racismo e esperança. E todos, em todos os lugares, entenderam a mensagem.
Há um tipo de grandeza que não pode ser silenciada. Mesmo quando tentaram apagá-lo, ele brilhou ainda mais. Mesmo quando quiseram esquecer seu nome, ele se tornou eterno. E isso diz mais sobre sua força do que sobre qualquer tribunal, jornal ou rede de TV.
Hoje, quando vemos crianças africanas dançando “Billie Jean”, entendemos: Michael Jackson não era apenas americano. Ele era — e sempre será — do mundo.
E talvez, no fim das contas, isso seja a maior vingança de todas. Ser eterno, mesmo quando sua pátria escolheu esquecê-lo. Ser universal, mesmo quando seus próprios vizinhos o rejeitaram. Michael Jackson venceu. E o mundo inteiro foi testemunha.