Desde que Michael Jackson, um homem negro, começou a quebrar recordes dominados por homens brancos, a Billboard e outras publicações, como a Rolling Stone, mudaram o foco: em vez de celebrarem os números, preferiram escavar sua vida pessoal. Era mais fácil vender polêmicas do que admitir que um artista negro havia redefinido o conceito de sucesso global.
Décadas depois, a história parece se repetir em escala digital. A Billboard publicou recentemente uma lista com as 25 maiores músicas de Halloween, classificando “Thriller” o maior videoclipe e o símbolo absoluto da data em 22º lugar. Uma decisão tão absurda que beira o deboche. Mas, como sempre, o público respondeu.
Em uma enquete oficial feita pela própria Billboard, a votação mostrou uma verdade incontestável: “Thriller” venceu com 93,1% dos votos, esmagando todos os concorrentes. Nenhuma outra canção chegou sequer perto de 2%.

Essa discrepância entre o que o público sente e o que a indústria tenta impor não é nova. Desde os anos 80, quando “Thriller” dominava o planeta e redefinia a cultura pop, as manchetes sobre Jackson deixaram de focar na música para se concentrar em escândalos, rumores e distorções. Enquanto o público via genialidade, parte da mídia via ameaça e reagia tentando descredibilizar o artista.
O caso atual é simbólico. A Billboard, que deveria representar métricas e mérito, se contradiz ao subestimar a obra que revolucionou a indústria fonográfica, popularizou o videoclipe e transformou o Halloween em espetáculo cultural.
“Thriller” não é apenas uma música: é um evento, um marco audiovisual que continua a mover gerações e, como mostra a votação, mantém sua coroa intocável.




