Enquanto muitas músicas modernas desaparecem tão rápido quanto surgem, Michael Jackson segue reinando. Seu clássico “Billie Jean” ultrapassou 2.2 bilhões de reproduções no Spotify, tornando-se a primeira música do Rei do Pop a atingir essa marca na plataforma de streaming.
Esse marco histórico reforça o que o mundo já sabe há décadas: Michael Jackson não pertence apenas ao passado — ele é parte ativa do presente. Lançada em 1983 no revolucionário álbum “Thriller”, “Billie Jean” rapidamente se transformou em um fenômeno global. O baixo hipnótico e a produção visionária fizeram da canção um símbolo definitivo da música pop.
Mas não foi só nos ouvidos que “Billie Jean” causou impacto. Quando seu videoclipe estreou na MTV, Michael quebrou um muro invisível ao se tornar o primeiro artista negro a ganhar destaque real na emissora. Aquela apresentação, com o famoso chão iluminado e os passos que entraram para a história, mudou a TV para sempre.
Foi um momento de virada, não apenas para Jackson, mas para toda uma geração de artistas marginalizados. Pela primeira vez, milhões de jovens negros puderam se ver representados na tela. E o mundo todo percebeu que não havia mais como ignorar a força, o talento e o alcance da música negra.
A força desse legado continua evidente até hoje. O álbum “Thriller”, lançado há 43 anos, ainda figura na parada Billboard Hot 200 — uma das listas mais importantes da indústria musical. Mais do que isso, ele ocupa posições superiores às de muitos álbuns lançados no ano anterior.
Essa longevidade é rara, quase inacreditável. Num cenário onde hits vêm e vão em questão de semanas, manter um álbum vivo por mais de quatro décadas é um feito incomparável. “Thriller” não é apenas o álbum mais vendido da história. É um fenômeno cultural que nunca saiu de moda.
E isso não se explica apenas pelos números. O que sustenta esse sucesso é a conexão emocional que atravessa gerações. Michael Jackson criou músicas que não apenas tocaram os ouvidos, mas também o coração e a mente de bilhões de pessoas. Isso é o que separa o artista momentâneo do eterno.
Mesmo após sua partida, Michael continua quebrando recordes, influenciando artistas e sendo ouvido por milhões diariamente. Sua arte não envelhece. Ela evolui com o tempo e encontra novos públicos a cada clique, a cada streaming, a cada nova geração que o descobre.
“Billie Jean” ultrapassando 2.2 bilhões de plays e “Thriller” ainda no topo das paradas nos lembra de uma verdade simples: grandes artistas fazem música. Lendas mudam o mundo. E Michael Jackson, até hoje, segue sendo a maior de todas elas.