Muitos veem Michael Jackson como um gênio artístico. Mas poucos sabem que, por trás do brilho nos palcos, havia um homem que usava a mente como sua principal ferramenta de criação. Mais do que dançarino, cantor ou produtor, ele foi um estrategista da própria realidade. E o segredo disso estava em algo poderoso: a Lei da Atração.
A Lei da Atração é um conceito antigo, que ganhou força com autores como Napoleon Hill, em Pense e Enriqueça, e Earl Nightingale, com a ideia de que “nos tornamos aquilo que pensamos”. A teoria parte do princípio de que pensamentos intensos e contínuos criam a realidade ao nosso redor. Com base nisso, a visualização se torna um instrumento para “atrair” aquilo que desejamos viver.
Décadas depois, o mundo viu o tema explodir com o best-seller O Segredo. Mas Michael Jackson já aplicava esses princípios desde os anos 70, antes de a maioria sequer conhecer o termo. Ele lia compulsivamente sobre desenvolvimento pessoal, estudava líderes e ícones e moldava sua mente como um atleta treina seu corpo: com disciplina.
Aos 21 anos, lançou Off The Wall, um álbum revolucionário. Misturava funk, disco e soul com a voz inconfundível de Michael. Foi um sucesso de público e crítica. No entanto, quando os prêmios chegaram, o álbum foi solenemente ignorado nas principais categorias do Grammy. Para muitos artistas, seria uma frustração passageira. Para Michael, foi um chamado à superação.
Ele prometeu a si mesmo que jamais seria ignorado novamente. E para isso, decidiu criar o maior projeto musical já visto. Mas antes de entrar no estúdio, entrou dentro da própria mente. Usando o que aprendera sobre foco, visualização e mentalidade, começou a construir Thriller — não apenas como um álbum, mas como um fenômeno cultural.
É nesse contexto que surge um manuscrito íntimo, escrito por ele à mão, que até hoje arrepia quem lê.
Nele, Michael revela:
“Aprendi que é o que você coloca na sua mente, o que pensa e o que faz, que define quem você é. Você pode estabelecer qualquer objetivo na mente, e ele pode se tornar realidade.”
Essas palavras não são um desabafo — são um plano. Michael continuava:
“Isso significa que podemos nos programar para ser a pessoa que queremos ser, independentemente do assunto, vivendo em um programa físico e mental, um sistema de aprendizado por meio da prática.”
Ou seja, ele via o próprio corpo e mente como um sistema em constante reprogramação, baseado em repetição, estudo e visualização.
No mesmo manuscrito, ele escrevia:
“Estudar todos os grandes nesse campo e se tornar ainda maior.”
E foi exatamente isso que ele fez. Estudou incansavelmente os maiores: Fred Astaire, James Brown, Walt Disney, Charlie Chaplin. Ele observava seus gestos, suas falas, suas falhas. E então se reinventava com base neles.

Thriller foi mais do que um álbum. Foi uma criação projetada em cada detalhe. Michael visualizava os clipes antes mesmo de gravar as músicas. Enxergava os palcos antes de ensaiar os passos. Criava o impacto na cabeça antes de executá-lo na vida real. Tudo era mentalizado antes de ser materializado.
O resultado foi avassalador: Thriller vendeu mais de 120 milhões de cópias, entrou para o Guinness Book, revolucionou o videoclipe, e elevou Michael ao status de lenda. Mas o que poucos enxergam é que o processo começou com uma mente programada para vencer.
Ele usou a rejeição como combustível. E a mente como motor. Enquanto o mundo via apenas um astro pop brilhando, ele via o próprio cérebro funcionando como uma usina de sonhos concretos.
Hoje, muitos falam sobre mindset, foco e Lei da Atração. Mas poucos aplicaram isso com a mesma intensidade que Michael. Ele não precisava esperar que algo acontecesse — ele fazia acontecer, de dentro para fora.
A mente de Michael não era um lugar de dúvidas, mas de decisões. E ao escrever suas intenções com clareza, como no manuscrito, ele dava à própria mente uma missão: “Se tornar tão grandioso que seria impossível ser ignorado novamente.” E foi.