Mariah Carey cresceu em uma época em que a música tinha um novo rei. E esse rei se chamava Michael Jackson. Em entrevista ao perfil @peoplegallery_, a artista revelou sem hesitar: “Thriller é meu álbum favorito de todos os tempos.” Não é exagero. Essa escolha carrega peso, significado e admiração por um disco que não foi apenas grande — foi transformador.
Thriller não apenas quebrou recordes, ele quebrou regras. Em 1982, Michael lançou um álbum que desafiou os padrões da indústria musical e da sociedade. Antes dele, artistas negros enfrentavam barreiras para alcançar as grandes audiências, principalmente na televisão. Michael mudou isso. Com um som ousado, clipes inovadores e uma presença arrebatadora, ele virou o jogo.
Para artistas como Mariah, Thriller foi a prova de que era possível sonhar grande. O disco provou que talento não tinha raça, que performance não conhecia fronteiras e que a música podia, sim, unir o mundo. Quando ela surgiu no início dos anos 90, o cenário já era diferente — porque Thriller havia sido o furacão que limpou o terreno.
O impacto de Thriller foi profundo e duradouro. Muito além das 120 milhões de cópias vendidas, o álbum alterou a maneira como a música pop seria consumida, divulgada e celebrada. Ele uniu o pop ao R&B, ao rock, ao funk, e ainda criou um padrão audiovisual com clipes como Thriller e Beat It, que mais pareciam curtas-metragens.

Mariah Carey, com seu alcance vocal inacreditável e domínio de palco, herdou essa liberdade criativa e artística. Suas composições, produção e imagem como estrela pop refletem o caminho aberto por Michael. Thriller não apenas a influenciou musicalmente — inspirou sua trajetória de superação, ousadia e excelência.
A escolha de Mariah não é apenas uma homenagem. É o reconhecimento de uma base sólida que permitiu sua própria ascensão. Thriller foi mais do que um álbum de sucesso — foi uma declaração de independência artística para todos que vieram depois. Inclusive para ela.
Michael Jackson não conquistou apenas o topo das paradas. Ele venceu barreiras raciais em uma época em que o preconceito era institucionalizado dentro da própria indústria fonográfica. Thriller levou um homem negro aos lares do mundo inteiro e, pela primeira vez, a MTV não pôde ignorar o talento que vinha da comunidade negra.
É por isso que Thriller é eterno. Porque seu impacto ultrapassa as músicas, os clipes e as cifras. Ele mudou mentalidades, abriu portas, e deu à nova geração o poder de ser vista e ouvida. E entre esses novos rostos, estava Mariah Carey, pronta para brilhar.
No fim das contas, Thriller não é só o favorito de Mariah. É o favorito da história. Um marco de inovação, coragem e genialidade que deixou um legado onde artistas como ela puderam construir suas próprias revoluções.