Michael Jackson não apenas falava sobre amor. Ele era a própria definição dele. Quando pronunciava “L.O.V.E“, pausadamente, com ternura, era como se pedisse ao mundo um momento de silêncio, só para escutar o que o coração dizia. Para ele, amar não era um gesto isolado — era um estilo de vida. E ele vivia isso em cada palavra, olhar e passo de dança.
Suas músicas não eram só hits. Eram convites à empatia. Em Heal the World, pedia que cuidássemos uns dos outros. Em Will You Be There, revelava sua própria vulnerabilidade, perguntando se seria amparado quando caísse. Michael usava sua voz não apenas para entreter, mas para tocar a alma. Ele falava com as crianças, com os esquecidos, com quem já havia perdido a esperança.
Mas não era só nos palcos que o amor se manifestava. Nos bastidores, longe das luzes, ele era ainda maior. Visitava abrigos, hospitais, doava milhões em silêncio, acolhia com os braços e com a alma. Nunca fez disso um espetáculo. Para ele, amar o próximo era natural, era o mínimo. E talvez por isso tenha tocado tanta gente de forma tão profunda.
Quando dizia “L.O.V.E”, não falava só em inglês. Ele sabia que o amor é universal. Em qualquer idioma, em qualquer país, essa palavra carrega a mesma força. Michael sabia que a dor e a cura falam a mesma língua. E por isso insistia tanto no amor. Porque, no fundo, ele acreditava que a única revolução possível começa no coração.
Mesmo quando o mundo foi cruel com ele, Michael devolveu com compaixão. Não gritou, não se rebaixou, não deixou de amar. Em vez disso, respondeu com arte, com dança, com beleza. Ele seguia firme na convicção de que o amor era o único caminho capaz de salvar a todos — inclusive a ele mesmo.
Nos dias de hoje, lembrar de Michael é um chamado. Um lembrete de que ainda dá tempo de fazer diferente. Ele nos ensinou que ser gentil é ser forte. Que ouvir é tão importante quanto falar. Que amar, mesmo quando tudo parece nos empurrar para o contrário, ainda é a escolha mais nobre.
Ele foi o Rei do Pop, mas foi, acima disso, um homem que escolheu a bondade todos os dias. Que usou sua fama para proteger os indefesos, sua música para espalhar mensagens, sua voz para tocar corações. Não era só talento. Era entrega. Era intenção. Era amor puro.
Ao final de cada show, entrevista ou encontro com fãs, repetia: “L.O.V.E”. Três letras que diziam mais do que mil discursos. Era a assinatura de quem não queria ser lembrado só como ídolo, mas como alguém que amou intensamente.
O amor vive para sempre. Porque o amor verdadeiro não morre com o tempo, não se apaga com a ausência. Ele continua, pulsa, cresce em cada pessoa tocada por ele. E Michael tocou milhões. Com suas letras, suas atitudes, sua alma.
E talvez isso seja eternidade. Não viver para sempre no corpo, mas permanecer nos gestos, nas memórias, nos sentimentos que provocamos nos outros. Michael Jackson se foi, mas sua mensagem ainda ecoa em quem acredita no bem.
Quando alguém, em qualquer lugar do mundo, escuta Man in the Mirror e sente vontade de mudar… ou canta Earth Song e decide respeitar o planeta… ou chora ouvindo Speechless por lembrar de alguém que ama — Michael renasce ali, naquele instante.
Porque o amor não tem fim. E por mais que o tempo passe, ninguém nunca conseguirá apagar uma vida que foi vivida com tanto amor.